Mãe de Cazuza relembra conversa sobre sexualidade do filho: “Aceitei”
Lucinha Araújo participou do Conversa com Bial na madrugada desta terça-feira (12)
A cantora Lucinha Araújo, 88, mãe de Cazuza, relembrou o dia em que questionou o filho sobre sua sexualidade. A declaração foi dada na madrugada desta terça-feira (12) durante sua participação no Conversa com Bial.
Em resposta, o músico não negou o que sentia e foi direto ao ponto. “Ele falou assim: ‘mamãe, eu gosto de meninos e meninas. Agora não se meta na minha vida, a vida é minha”, recordou a artista.
“Desde aquele dia eu nunca mais perguntei nada, também se perguntasse levava um fora. Aceitei porque eu queria que ele fosse feliz. Contanto que fosse feliz, eu fiquei feliz junto com ele”, acrescentou Lucinha.
Ainda durante o programa, Araújo comentou sobre o lançamento de dois livros que reúnem histórias, poemas, fotos e outas memórias de Cazuza, sob a organização de Ramon Nunes Mello.
Batizado de “Meu Lance é Poesia”, a obra traz mais de 230 poesias escritas entre 1975 e 1989, incluindo 27 inéditos descobertos nos arquivos da Sociedade Viva Cazuza. Enquanto “Protegi Teu Nome por Amor”, é uma fotobiografia com mais de 700 imagens. O livro conta com depoimentos de amigos, prefácio de Gilberto Gil e textos de Pedro Bial.
Ver essa foto no Instagram
Prisão da banda Barão Vermelho e Cazuza
Dé Palmeira, produtor musical e um dos integrantes do grupo Barão Vermelho, que estava na plateia da atração, também contou sobre a prisão da banda, incluindo Cazuza, na década de 1980.
“Demos uma festa de arromba de madrugada, dormi e acordei com uma batida na porta do meu quarto, quando eu abri a porta dei de cara com um trabuco na minha cara. A essa altura, o Frejat e Ezequiel já tinham sido autuados, já estavam detidos”, relembrou.
“O Cazuza, espertamente, tinha ficado no andar superior, eles tiveram lá e não acharam nada. Só uma garrafa de uísque embaixo da cama. Ele deu graças a Deus que acharam, porque tinha perdido a garrafa de uísque, acharam a identidade dele entre o colchão, que ele também tinha perdido. A polícia fez um favor para ele”, disse.
Apesar de “limpo”, Cazuza acompanhou os colegas até a delegacia. “Na verdade, eu acho que o Cazuza queria um mugshot daqueles, sabe?”, brincou Dé sobre as clássicas fotos tiradas no local.
“Tinha aquela foto clássica do Dylan, tinha a foto clássica do Elvis. Ele achou que ia enriquecer a mitologia dele”, concluiu.