Lollapalooza: atrasos e problemas técnicos pedem melhorias para edição de 2025

Chegou ao fim neste domingo (24), a décima primeira edição do Lollapalooza Brasil. Pela primeira vez, evento foi realizado pela empresa Rock World, que também cuida dos festivais “Rock in Rio” e “The Town”.

O Lollapalooza 2024 trouxe nomes como Arcade Fire, Blink-182, Kings of Leon, Sam Smith e SZA aos palcos do Autódromo de Interlagos, em São Paulo, nos dias 22, 23 e 24 de março.

Além de enfrentar chuva, lama e filas, os shows do festival também foram marcados por atrasos e problemas técnicos como sons falhados e por vezes, estourados.

Confira melhorias para shows do Lollapalooza 2025

Shows iniciaram atrasados e precisaram encerrar antes da hora

Alguns shows do festival sofreram atrasos em seu início e, consequentemente, precisaram encerrar antes do fim planejado pelos artistas.

MC Luanna e MC Livinho atrasaram 20 e 15 minutos, respectivamente, e chegaram a reclamar do ocorrido ao final da apresentação, que encerrou no horário previsto pelo evento, mas sem a finalização prevista pelos artistas.

Ainda no palco, os artistas disseram que o atraso se deu por conta de problemas técnicos do festival.

Apesar de não reclamar do ocorrido, Manu Gavassi também teve seu show atrasado em 15 minutos. No caso do grupo Braza, também atrasado, o som foi cortado pelo evento, no meio da performance da banda.

Em comunicado enviado à CNN, a assessoria do evento falou sobre o caso de MC Luanna. “A apresentação da artista MC Luanna terminou no horário previsto neste sábado (23) para não comprometer a grade da programação. Em razão de problemas técnicos, o show sofreu um pequeno atraso”.

A assessoria do evento também foi questionada pela CNN sobre os outros shows, mas não obteve resposta até o momento.

Problemas de som

Falhas no som e até mesmo sons “estourados” foram observados em alguns shows.

O público do show de MC Daniel teve que lidar com falhas de som durante “Love Absurdo”, feat de MC Daniel com Mari Fernandez e MC Ryan SP. O problema, apresentado pelas caixas do lado esquerdo de quem assistia o show, logo foi resolvido.

Já no caso do show de MC Livinho, o som estourado dominou o início do show, que logo também foi resolvido.

A CNN também ouviu alguns fãs pelo evento, que disseram ter notado o som estourado em outros shows assistidos.

Pouco tempo entre shows e palcos afastados

Os palcos afastados no grande espaço do Autódromo de Interlagos já são conhecidos. Mas por vezes, fãs precisaram ir de uma extremidade à outra do local em pouco tempo entre um show e outro. Um exemplo foi o final do show de MC Livinho, que acabou no mesmo horário de Gilberto Gil, bastante afastados um do outro.

Grandes headliners também ficaram afastados um do outro e aconteceram praticamente no mesmo horário, caso de Sam Smith e SZA. O show do cantor terminou cinco minutos antes do início da apresentação da cantora, fazendo o público migrar para o outro palco antes mesmo do fim.

Dificuldade de locomoção prejudica plateia dos shows

Além dos horários próximos entre os shows, o público enfrentou, principalmente nos dois primeiros dias, muita lama para atravessar de um palco a outro, problema resolvido com “passarelas de plástico” no último dia de festival.

Shows como Thirty Seconds to Mars e Kings of Leon, lotaram a plateia cerca de 20 minutos depois de seu início.

Falta equilíbrio de gênero entre as atrações principais

As atrações principais do Lollapalooza 2024 foram compostas quase todas por homens*. As exceções se deram pela cantora SZA, headliner mulher que se apresentou no domingo (24) e Sam Smith, artista que se identifica como pessoa não-binária (alguém que não se identifica nem como a identidade de gênero homem, nem como mulher), realizando show no último dia do festival.

Palcos pouco elaborados

Com exceção do palco Perry’s By Johnnie Walker, de eletrônica, os palcos dos shows construídos pela equipe do Lollapalooza não diferem muito uns dos outros, diferentemente dos eventos da mesma empresa Rock in Rio e The Town, que trazem estruturas elaboradas.

*A jornalista Nicoly Bastos foi ao Lollapalooza 2024 a convite de O Boticário