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    LE SSERAFIM mostra sinergia em segundo show da turnê “FLAME RISES”

    CNN assistiu à transmissão ao vivo da apresentação que aconteceu na Coreia do Sul

    LE SSERAFIM na TOUR ‘FLAME RISES’ em Seul.
    LE SSERAFIM na TOUR ‘FLAME RISES’ em Seul. Cortesia da SOURCE MUSIC.

    Isabela Gadelhada CNN

    Com pouco mais de um ano desde a sua estreia em maio do ano passado, o girlgroup LE SSERAFIM tem chamado a atenção da indústria do k-pop com vários hits. No domingo (13), a CNN assistiu à transmissão ao vivo do segundo dia de show da turnê LE SSERAFIM TOUR ‘FLAME RISES’, que aconteceu na Coreia do Sul.

    O ato de abertura começou com “The World Is My Oyster”, que já define o clima da apresentação: com direito a fumaça e jogo de luzes, as cinco integrantes KIM CHAEWON, SAKURA, HUH YUNJIN, KAZUHA e HONG EUNCHAE surgem com expressões destemidas – aliás, o nome do girlgroup é um acrônimo de I’M FEARLESS, ou “Sou destemida”, em português.

    Até que, de repente, cada uma delas cai de costas do palco elevado, o telão se “quebra” com efeito sonoro e visual de vidro se fragmentando e, enfim, ouvimos a música que fez o mundo conhecer o grupo feminino: “FEARLESS”.

    Como sempre, as cinco integrantes estão sincronizadas e só dá para saber que estão cantando ao vivo quando se ouve suas respirações, de tão estáveis que estão os vocais.

    Essa é a primeira turnê do grupo, que provavelmente um dia vai olhar as fotos deste show no aniversário de 10 anos do LE SSERAFIM e pensar: “Lembra daquele dia?”.

    LE SSERAFIM na TOUR ‘FLAME RISES’ em Seul. / Cortesia da SOURCE MUSIC.

    Elas deviam estar nervosas com a experiência, apesar de não terem deixado isso transparecer no palco. Até mesmo integrantes mais experientes, como SAKURA, que já tinha 10 anos de carreira como idol antes de se tornar uma membro do girlgroup da Source Music.

    Nascida no Japão (sim, há idols de k-pop de várias nacionalidades), ela fez parte dos grupos HKT48 e IZ*ONE – este último ao lado da líder do LE SSERAFIM, CHAEWON.

    O background de cada uma das integrantes torna o grupo ainda mais único. A japonesa KAZUHA, por exemplo, se dedicou ao balé desde os três anos de idade e estudava no Dutch National Ballet Academy em Amsterdã, na Holanda, quando foi selecionada pela agência de k-pop.

    Se mudou para a Coreia do Sul na cara e na coragem sem saber falar coreano fluentemente, em um ambiente completamente novo. Hoje, as coreografias do grupo sempre trazem um lembrete dos anos de bailarina da artista – a flexibilidade de KAZUHA é sempre algo que muitas pessoas tentam imitar (e nem sempre conseguem). “Blue Flame” e “ANTIFRAGILE”, no show, mostraram bem essa habilidade.

    A integrante YUNJIN nasceu na Coreia do Sul, mas cresceu em Nova York, nos EUA. Ela chegou a ter aulas de ópera no Ensino Fundamental e interpretou a personagem Carlotta do clássico da Broadway “O Fantasma da Ópera” na montagem de sua escola. De vez em quando você vai vê-la mostrando o talento vocal em programas de variedade.

    Mas outra habilidade que ela mostrou no show foi a de tocar guitarra. Ela abriu a performance de “No Celestial” tocando o instrumento. Em vez de coreografia, as cinco integrantes começaram a cantar em microfones com pedestal e figurino digno de estrelas do rock.

    Da esquerda para a direita: EUNCHAE, CHAEWON, YUNJIN, SAKURA E KAZUHA. / Cortesia da SOUCE MUSIC.

    A caçula EUNCHAE tem apenas 16 anos e foi possível perceber como a adolescente desenvolveu mais confiança no palco desde sua estreia na indústria da música. A personalidade enérgica está cada vez mais a mostra – algo que tanto a experiência como membro do LE SSERAFIM como também ser apresentadora do programa musical semanal “Music Bank” deve ter ajudado a desenvolver.

    CHAEWON não poupou notas altas. Também com experiência no grupo IZ*ONE no currículo e até como participante do reality show “The King of Masked Singer”, a trajetória da artista deve ter colaborado na liderança do LE SSERAFIM. Em um momento do show, ela confessou aos fãs que espera ser uma boa pessoa e influência para eles.

    Em “Sour Grapes”, a cenografia se torna um jardim e elas mostram mais delicadeza na melodia da canção. Como surpresa para os FEARNOT [como se chamam os fãs], também cantaram uma música que ainda não foi lançada, “We Got So Much Love”, que fala sobre toda a gratidão que sentem por eles. Já em “Flash Forward”, desceram do palco para se aproximar e interagir com o público.

    Após mais uma troca de figurino rápida, as cinco artistas voltaram com “ANTIFRAGILE”, hit cuja coreografia tomou conta dos challenges de TikTok com a influência de reggaeton e refrão chiclete. No final da música, elas passaram a gritar “ANTIFRAGILE” com todas as forças para mostrar que de frágeis não têm nada.

    “The Hydra” contou com um dance break em um palco elevado com dezenas de dançarinas de apoio. Na transição para “Eve, Psyche & The Bluebeard’s wife”, EUNCHAE fez o ato simbólico de morder uma maçã com uma flecha atravessada.

    Da esquerda para a direita: KAZUHA, CHAEWON, YUNJIN, SAKURA e EUNCHAE. / Cortesia da SOURCE MUSIC.

    A música tem um nome longo por um motivo: traz referências a histórias de três mulheres cuja curiosidade as incentivou a fazer algo proibido. Eva, que na Bíblia comeu o fruto com Adão; Psique, da mitologia grega, que adormece após abrir uma caixa de Perséfone, deusa do submundo; e a esposa do Barba Azul, de uma história francesa, que descobre corpos de antigas mulheres do marido em um quarto que ele a impedia de entrar.

    “Eu sou uma bagunça em perigo, mas ainda somos as mais bem vestidas. Sem medo, diga sim, não nos vestimos para impressionar”, cantam. LE SSERAFIM deixa bem claro que querem quebrar as expectativas da sociedade, mesmo que isso queira dizer desejar algo que é proibido, como essas três mulheres fizeram.

    Foi apenas o segundo dia de show, mas o grupo pareceu confiante e à vontade. Teve equilíbrio de performances bem coreografadas e poderosas, e também foco nos vocais, além de muita interação com o público presente.

    As próximas datas serão em várias cidades pela Ásia. Aos FEARNOT brasileiros, o que resta é esperar que um dia confirmem datas na América Latina!