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    Klara Castanho relembra exposição de trauma: “Foi um pesadelo”

    Em entrevista à revista Glamour, atriz relembrou exposição na mídia por ter entregue filho à adoção após estupro

    A atriz Klara Castanho
    A atriz Klara Castanho Reprodução/Instagram

    Fernanda Pinottida CNN

    em São Paulo

    A atriz Klara Castanho falou, em entrevista à revista Glamour, sobre o trauma de ter sido exposta pela mídia após ser estuprada e ter entregue o filho à adoção.

    “Todo o período desde o acontecido foi um pesadelo que ganhava novos desdobramentos. Eu simplesmente não queria viver aquilo”, disse a atriz.

    Em 2022, jornalistas, influenciadores e sites de fofoca começaram a divulgar a história de que Klara teria entregue um bebê recém-nascido para adoção, e ela passou a ser alvo de especulações e ataques.

    A atriz se manifestou em suas redes sociais através de uma carta aberta, na qual disse ter sido vítima de um estupro, e ter engravidado de seu agressor após a violência sexual. Ela descobriu a gravidez já em estágio avançado e entregou a criança para adoção assim que ela nasceu.

    “Nunca quis me pronunciar, e jamais para esconder das pessoas, e sim porque não tinha digerido o que aconteceu. Fui obrigada a externalizar de forma muito brutal o que vivi. Achei que poderia levar para o caixão toda aquela dor e, quando fui exposta, me senti extremamente vulnerável”, falou Klara.

    “Eu já tinha sido… Eu odeio a palavra, não vou usar, tá? Então, calma, vou reformular… Levei pelo menos um ano para digerir não só o momento fatídico e a consequência física dele, mas a exposição”, acrescentou.

    “Quando minha privacidade foi invadida, não sabia onde me apoiar em mim mesma. Eu tinha minha família, tinha uma equipe profissional, um time jurídico, mas estava desamparada em mim. Eu não dormia, meus pais não dormiam. A gente chorava junto dois dias e dormia um, porque não tivemos tempo de assimilar. Nunca vamos nos acostumar com a ideia do que aconteceu”, disse a atriz.

    Klara quis deixar claro que fez um boletim de ocorrência contra seu agressor, e que os processos cabíveis correm em segredo de Justiça.

    “Sinto que, passados quase dois anos da minha carta, as pessoas ainda buscam argumentos contra mim, sobre o que aconteceu comigo. Então, se isso é motivo para que as pessoas ainda me julguem, saibam que o agressor foi denunciado. Toda mulher que é vítima de violência tem direito ao segredo de justiça. O meu sigilo foi quebrado contra a minha vontade. Eu não tive nem o direito de não ser revitimizada, e diariamente não tenho”, completou Klara.