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    Justin Baldoni processa jornal em R$ 1,5 bilhão por caso com Blake Lively

    Ator e diretor entrou com uma ação por difamação contra portal pela publicação de um artigo

    Elizabeth Wagmeisterda CNN

    O ator e diretor Justin Baldoni, 40, está reagindo após ser acusado de assédio sexual por sua colega de elenco Blake Lively, entrando com uma ação por difamação contra o The New York Times nesta terça-feira (31).

    Ele alega que o jornal publicou um artigo “repleto de imprecisões, deturpações e omissões”, baseando-se na “narrativa egoísta” da atriz.

    Lively apresentou uma queixa ao Departamento de Direitos Civis da Califórnia em dezembro, acusando Baldoni de assédio sexual e retaliação.

    Na denúncia, ela afirmou que, após expressar preocupações sobre assédio sexual no set do filme “É Assim Que Acaba”, Baldoni e sua equipe retaliaram contra ela, divulgando informações prejudiciais à imprensa para tentar arruinar sua reputação profissional.

    A denúncia de Lively foi relatada primeiramente pelo The New York Times, que publicou um artigo intitulado “Podemos Enterrar Qualquer Um: Dentro de uma Máquina de Difamação de Hollywood” em 21 de dezembro. O texto, com cerca de 4.000 palavras, incluía detalhes da reclamação ao Departamento de Direitos Civis, que normalmente permanece confidencial.

    Após o artigo do jornal norte-americano e a denúncia de Lively, Baldoni foi dispensado pela agência de talentos WME, que também representa Lively e seu marido, Ryan Reynolds.

    A atriz recebeu apoio rápido em Hollywood, com o sindicato de atores SAG-Aftra emitindo uma declaração a favor dela. O estúdio Sony, responsável por “É Assim Que Acaba”, também expressou apoio à artista.

    Agora, Baldoni alega que ela fabricou acusações falsas de assédio sexual para assumir o controle do filme e, posteriormente, iniciou uma campanha para “remodelar sua persona pública” com “alegações absurdas e sensacionalistas” publicadas no The New York Times, em detrimento dele.

    “O uso cínico de Lively de acusações de assédio sexual para afirmar controle unilateral sobre todos os aspectos da produção foi estratégico e manipulador”, afirma o processo movido por Baldoni.

    “Simultaneamente, sua imagem pública foi prejudicada por uma série de erros de alto perfil, que ela tentou desviar culpando os demandantes pelo interesse do público em suas fraquezas como celebridade de alto escalão. Isso não passa de uma desculpa. A fama é uma faca de dois gumes, mas as táticas da atriz aqui são inconcebíveis.”

    O processo do diretor alega que o The New York Times falhou em manter sua “integridade jornalística” ao relatar as acusações de assédio sexual e retaliação feitas por Blake Lively. Segundo a ação, o jornal “confiou quase inteiramente na narrativa não verificada e egoísta dela, citando-a quase literalmente, enquanto ignorava uma abundância de evidências que contradiziam suas alegações e revelavam seus verdadeiros motivos”.

    Um porta-voz do The New York Times informou à CNN que a publicação pretende “se defender vigorosamente contra o processo”.

    Danielle Rhoades Ha, representante do jornal, afirmou: “O papel de uma organização de notícias independente é seguir os fatos para onde eles levam. Nossa matéria foi meticulosamente e responsavelmente apurada. Ela se baseou em uma revisão de milhares de páginas de documentos originais, incluindo mensagens de texto e e-mails que citamos com precisão e profundidade no artigo. Até o momento, o Wayfarer Studios, o Sr. Baldoni, os outros mencionados no artigo e seus representantes não apontaram um único erro. Publicamos também a declaração completa deles em resposta às alegações no artigo.”

    Os advogados de Lively responderam à CNN dizendo que “nada neste processo altera qualquer coisa” sobre as acusações feitas pela atriz.

    Inicialmente, ela havia registrado uma queixa contra o diretor e sua produtora, Wayfarer Studios, no Departamento de Direitos Civis da Califórnia. Contudo, na terça-feira, os advogados da atriz entraram com uma nova queixa federal.

    “Estamos ansiosos para abordar cada uma das alegações da Wayfarer no tribunal”, disseram os advogados de Lively.

    Baldoni alega que Lively criou falsas acusações de assédio sexual para que pudesse assumir o controle do filme
    Baldoni alega que Lively criou falsas acusações de assédio sexual para que pudesse assumir o controle do filme • Nathan Congleton/NBC via Getty Images via CNN Newsource

    O processo de Baldoni foi apresentado pelo advogado Bryan Freedman no Tribunal Superior de Los Angeles em nome de 10 demandantes, incluindo o diretor, o Wayfarer Studios, seu parceiro de produção Jamey Heath (também acusado de assédio sexual por Lively), e as assessoras de imprensa e gerentes de crise do acusado, Jennifer Abel e Melissa Nathan.

    Justin Baldoni coestrelou com a atriz e dirigiu “É Assim Que Acaba”, baseado no livro homônimo que aborda a dinâmica de um casal em meio à violência doméstica. O filme, produzido pela Wayfarer Studios, tornou-se um sucesso de bilheteria após a aquisição dos direitos do livro pelo estúdio.

    Na denúncia de Lively, foram incluídas capturas de tela de mensagens de texto e e-mails que, segundo sua equipe, evidenciam uma tentativa orquestrada pelos assessores de Baldoni de manchar sua reputação na mídia, como parte de uma “campanha de manipulação social”.

    Por outro lado, o processo de Baldoni contém inúmeras mensagens de texto que, segundo seu advogado Bryan Freedman, demonstram que as mensagens apresentadas na denúncia inicial da atriz foram “manipuladas e adulteradas”.

    Baldoni alega que o The New York Times teria omitido deliberadamente mensagens que desmentem a narrativa de Lively.

    “Se o Times realmente tivesse revisado as milhares de comunicações privadas que afirmou ter obtido, seus repórteres teriam encontrado evidências incontestáveis de que foi Lively, e não os demandantes, quem conduziu uma campanha calculada de difamação”, afirma o processo de Baldoni.

    Uma das alegações mais sérias feitas pela artista foi de que o diretor e o produtor Jamey Heath “entraram em seu trailer de maquiagem sem serem convidados enquanto ela estava despida, inclusive durante a amamentação”.

    O processo de Baldoni contesta essa acusação, apresentando o que parece ser uma mensagem de texto de Lively: “Estou apenas ouvindo no meu trailer, se você quiser ensaiar nossas falas”. Essa mensagem, segundo os advogados do diretor, teria sido enviada em junho de 2023. (A CNN não verificou a autenticidade das mensagens mencionadas.)

    Após a denúncia inicial de Lively, uma disputa acirrada entre as partes ganhou proporção, gerando dúvidas sobre como as mensagens privadas foram obtidas.

    Um processo separado, aberto por Stephanie Jones, ex-publicitária de Baldoni, alega que essas mensagens vieram do telefone de Jennifer Abel, atual publicitária de Baldoni e também acusada por Lively de participar da campanha de difamação.

    Tanto Baldoni, Heath, Abel, Nathan, quanto a Wayfarer Studios negaram veementemente as acusações feitas pela atriz, alegando que foi ela quem divulgou informações prejudiciais sobre o diretor à mídia.

    “Essas alegações são completamente falsas, ultrajantes e obscenas, com a clara intenção de causar danos públicos e perpetuar uma narrativa midiática distorcida”, afirmou Freedman em resposta inicial às acusações de Lively.

    Na última terça-feira, Freedman declarou à CNN que a artista, sua equipe e o The New York Times participaram de uma “campanha de difamação cruel”. Segundo ele, a estratégia visava “revitalizar a imagem pública de Lively, desgastada por críticas espontâneas nas redes sociais”.

    “Enquanto o lado deles recorre a verdades parciais, nós apresentamos a verdade completa”, afirmou Freedman. “E temos todas as comunicações para comprová-la.”

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