Júri chega a um veredicto no julgamento de Johnny Depp e Amber Heard
Ambos foram considerados responsáveis por difamação em seus processos um contra o outro
O júri dos Estados Unidos chegou a um veredicto nos casos de difamação civil entre Johnny Depp e Amber Heard na tarde desta quarta-feira (1º). A justiça considerou ambos responsáveis por difamação em seus processos um contra o outro.
Após mais de seis semanas de julgamento, a decisão final concedeu a Depp US$ 10 milhões em danos compensatórios e US$ 5 milhões em danos punitivos. O júri também concedeu a Heard US$ 2 milhões em danos compensatórios e nenhum dinheiro para danos punitivos.
Depp havia pedido US$ 50 milhões em danos e Heard pediu US$ 100 milhões. No estado da Virgínia, os danos punitivos são limitados a US$ 350.000.
O julgamento por difamação estava em andamento desde abril e os jurados ouviram mais de 100 horas de depoimentos. Eles ouviram dezenas de testemunhas, incluindo depoimentos ao vivo de Depp e Heard.
Depp processou Heard por difamação em US$ 50 milhões em um editorial de 2018 que ela escreveu para o “The Washington Post”, no qual se descreveu como uma “figura pública que representa abuso doméstico”. Embora Depp não tenha sido citado no artigo, ele afirma que isso lhe custou papéis lucrativos no cinema.
Heard contra-processou por US$ 100 milhões por causa das declarações que o advogado de Depp fez sobre suas alegações de abuso. Heard e Depp se conheceram em 2009 e se casaram de 2015 a 2016.
No Instagram, o ator publicou uma mensagem dizendo que “após seis anos, os jurados devolveram a minha vida”.
“Desde o início, o objetivo de trazer este caso era revelar a verdade, independentemente do resultado. Falar a verdade era algo que eu devia aos meus filhos e a todos aqueles que permaneceram firmes em meu apoio”, disse ele. “Sinto-me em paz sabendo que finalmente consegui isso.”
Amber também usou as redes sociais para enviar uma mensagem, no entanto, lametou a decisão.
“A decepção que sinto hoje vai além das palavras. Estou com o coração partido que a montanha de evidências ainda não foi suficiente para resistir ao poder e influência desproporcionais de meu ex-marido”, disse a atriz.
“Estou ainda mais desapontada com o que esse veredicto significa para outras mulheres”, continuou ela. “É um retrocesso. Atrasa o tempo em que uma mulher que se manifestou poderia ser publicamente envergonhada e humilhada. Atrasa a ideia de que a violência contra as mulheres deve ser levada a sério”.