Juíza pede que jurados evitem ler notícias e discutir caso de Depp X Heard
Em recesso até terça-feira (31), quando retomam as deliberações, júri foi orientado a não falar sobre o processo durante todo o feriado do Memorial Day
A juíza Penney Azcarate decidiu que o júri retomará as deliberações no julgamento por difamação de Johnny Depp e Amber Heard na próxima terça-feira (31), a partir das 9h da manhã, após o feriado do Memorial Day nos Estados Unidos.
Os sete membros do júri deliberaram por cerca de duas horas na sexta-feira e, antes de terminar a sessão, a juíza os lembrou para não ler ou consumir nenhuma notícia sobre o caso ou discuti-lo com ninguém durante o fim de semana prolongado, dizendo que as responsabilidades são “extremamente importantes agora que estão na fase de deliberação”.
Durante seis intensas semanas, ambos os lados apresentaram testemunhos, provas e contra-interrogatórios no julgamento por difamação. E, agora, os sete membros do júri vão deliberar para chegar a um veredicto.
Os jurados começaram a deliberar
A juíza Azcarate disse aos jurados que seu veredicto deve ser unânime antes de enviá-los para deliberar por volta das 15h na sexta-feira.
“Sei que este julgamento foi um grande sacrifício e dominou a vida de vocês por semanas”, disse ela ao júri. “E eu sei que falo por todos nós que estamos associados ao caso e quero agradecer pelo serviço neste assunto.”
O foco do julgamento é um artigo de opinião de 2018 escrito por Amber Heard no “The Washington Post”, onde ela se identificou como “uma figura pública que representa o abuso doméstico”, e que Depp afirma que o pintou falsamente como um agressor e lhe custou a vida e trabalhos em Hollywood.
Heard contra-processou Depp, dizendo que as declarações de seu advogado de que suas alegações de abuso eram uma “farsa” difamaram ela e sua carreira.
Pouco antes do início das deliberações, os jurados ouviram os argumentos finais dos advogados de Heard e Depp.
Mensagem do advogado de Amber Heard ao júri
O advogado de Amber Heard, Ben Rottenborn, disse ao júri que se Depp não pudesse provar que nunca abusou de Heard, ela ganharia o caso.
“O Sr. Depp simplesmente não pode provar a eles que ele nunca abusou de Amber”, disse Rottenborn. “Uma decisão contra Amber aqui envia a mensagem de que não importa o que você faça como vítima de abuso, você sempre tem que fazer mais. Não importa o que você documente, você sempre tem que documentar mais. Não importa o quão honesto você seja sobre suas próprias imperfeições e suas próprias falhas em um relacionamento, você tem que ser perfeito para que as pessoas acreditem em você.
Mensagem do advogado de Johnny Depp ao júri
Mais cedo na sexta-feira, os advogados de Depp argumentaram que Heard era o agressor, não Depp.
“O que a Sra. Heard testemunhou neste tribunal é a história de muitas mulheres”, disse a advogada Camille Vasquez. “Mas a evidência esmagadora e o peso dessa evidência mostram que não é a história dele. Não é a história da Sra. Heard. Foi um ato de profunda crueldade, não apenas para o Sr. Depp, mas para os sobreviventes reais de abuso doméstico. A Sra. Heard se apresentar como uma figura pública representando abuso doméstico. Era falso, difamatório e causou danos irreparáveis.”
Ao longo de seis semanas, os jurados ouviram mais de 100 horas de depoimentos que muitas vezes deram opiniões conflitantes sobre aspectos da vida privada do ex-casal, de acordos de filmes a relatos de brigas violentas, pessoalmente ou remotamente, ou por meio de declarações gravadas que foram editadas.