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    Johnny Depp e Amber Heard se enfrentam novamente em tribunal

    Ator está acusando a ex-mulher de difamação por um artigo que ela escreveu sobre violência doméstica; Depp pede US$ 50 milhões de indenização por prejudicar sua carreira no cinema

    Jan Wolfeda Reuters

    O mais recente capítulo da batalha legal do astro de Hollywood Johnny Depp com a ex-mulher Amber Heard começou nesta segunda-feira (11), quando teve início um julgamento por difamação nos EUA por alegações que Heard fez sobre abuso doméstico.

    Depp, 58, processou Heard em US$ 50 milhões, dizendo que ela o difamou quando escreveu um artigo de opinião de 2018 no “Washington Post” sobre ser uma sobrevivente de abuso doméstico.

    O editorial nunca mencionou Depp pelo nome, mas os advogados de Depp disseram que ficou claro que Heard estava se referindo a ele e que a peça prejudicou sua carreira e reputação no cinema.

    Depp negou todas as alegações de abuso, dizendo em seu processo que as alegações de Amber eram uma “farsa elaborada para gerar publicidade positiva para a Sra. Heard e avançar em sua carreira”.

    A seleção dos jurados começa nesta segunda-feira no caso.

    Depp quer que o júri do condado de Fairfax descubra que Amber conscientemente fez alegações falsas.

    A atriz, por sua vez, argumentará que ela está protegida, ou “imune”, de responsabilidade porque seu editorial de 2018 sobre violência doméstica tratou de um assunto de interesse público.

    No sábado (9), Amber publicou em seu perfil no Instagram, que iria se afastar das redes sociais neste momento pois estará em Virgínia acompanhando o caso. Ela afirmou que “nunca o nomeou”  no editorial do Washington Post, apenas contou sobre sua experiência de violência e abuso doméstico.

    “Escrevi sobre o preço que as mulheres pagam falando contra os homens no poder. Eu vou continuar a pagar esse preço, mas espero quando este caso terminar, eu possa seguir em frente e Johnny também. Sempre mantive um amor por Johnny, e isso me traz grande dor, ter que reviver os detalhes de nossa vida passada juntos na frente do mundo”, escreveu.

    O “Washington Post” não é réu no julgamento.

    O julgamento nos Estados Unidos acontece menos de dois anos depois que Depp perdeu um caso de difamação contra o “The Sun”, um tabloide britânico que o rotulou de “espancador de esposas”.

    Os Estados Unidos são um fórum difícil para autores de difamação, especialmente figuras públicas como Depp, que enfrenta vários obstáculos no caso da Virgínia. Depp deve provar por evidências claras e convincentes que Amber Heard conscientemente fez alegações falsas.

    De acordo com a lei de difamação inglesa, a pessoa processada tem o ônus de provar que suas alegações eram verdadeiras.

    Johnny Depp e Amber Heard se conheceram enquanto faziam “Diário de Um Jornalista Bêbado”, em 2011 e se casaram quatro anos depois. A atriz acusou Depp de abuso doméstico depois de pedir o divórcio em 2016.

    O ator ascendeu ao estrelato de Hollywood na década de 1990 com retratos de solitários e estranhos em clássicos cult como “Cry-Baby”, de John Waters e “Edward Mãos de Tesoura”, de Tim Burton.

    Ele se tornou um nome familiar com a franquia da Disney “Piratas do Caribe”, interpretando o favorito dos fãs, Jack Sparrow.

    Amber Heard, 35, é conhecida por seus papéis em “Aquaman” e “Liga da Justiça”. Ela apresentou sua própria acusação de difamação contra Depp, dizendo que ele a difamou ao chamá-la de mentirosa.

    A reconvenção de Amber será decidida como parte do julgamento, que pode durar seis semanas. Ela está pedindo US$ 100 milhões em danos de Depp, de acordo com documentos judiciais.

    Em sua evidência ao Tribunal Superior de Londres, Amber disse que Depp se transformava em um alter ego ciumento, “o monstro”, depois de usar drogas e álcool, e que ameaçou matá-la.

    Ela detalhou 14 ocasiões de extrema violência quando disse que o ator a sufocou, deu socos, tapas, cabeçadas, estrangulou e chutou. O juiz de Londres aceitou 12 desses relatos como verdadeiros.

    Após a decisão de novembro de 2020 no julgamento por difamação de Londres, Depp foi substituído pelo ator dinamarquês Mads Mikkelsen no terceiro filme da franquia “Animais Fantásticos”, um spin-off dos livros e filmes de “Harry Potter”.

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