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    Johnny Depp abre julgamento de calúnia contra ex-mulher Amber Heard

    Ambos apresentaram longas listas de testemunhas potenciais que poderiam depor; na lista da atriz estão Elon Musk, da Tesla, e James Franco

    Jan Wolfeda Reuters , Washington

    Os advogados do astro de Hollywood Johnny Depp apresentaram ao júri, nesta terça-feira (12), uma visão geral de sua ação de difamação contra a ex-mulher Amber Heard, o mais recente capítulo de uma longa disputa judicial entre as duas estrelas do cinema.

    As declarações de abertura começaram em um tribunal da Virgínia, no Estados Unidos, em um processo movido por Depp, de 58 anos, contra Heard, de 35 anos, em que o ator pede 50 milhões de dólares.

    Depp alega que Amber Heard o difamou quando ela escreveu um artigo de opinião para o jornal “Washington Post”, em dezembro de 2018, sobre ser uma sobrevivente de abuso doméstico.

    O artigo não mencionou Depp pelo nome, mas o advogado dele Benjamin Chew disse aos jurados nesta terça que estava claro que Amber estava se referindo ao astro de Hollywood.

    Chew disse aos jurados que Amber  publicou o texto na véspera do lançamento de “Aquaman”, seu maior filme até agora, para fazer publicidade e alavancar sua carreira.

    “Ao escolher mentir sobre seu marido para seu próprio benefício pessoal, Amber Heard mudou para sempre a vida do sr. Depp e sua reputação”, disse Chew. “Vocês irão ouvi-lo contar o terrível impacto que isso teve em sua vida”.

    O texto da atriz no Washington Post “devastou” a carreira de Depp, disse Chew.

    “Os estúdios de Hollywood não querem lidar com a reação do público ao contratar alguém acusado de abuso – mesmo alguém com o incrível histórico de trabalho que o sr. Depp pode se orgulhar”, disse Chew.

    J. Benjamin Rottenborn, advogado de Amber Heard, disse em sua declaração inicial que Depp estava tentando enganar o júri com “teorias conspiratórias malucas”.

    Rottenborn afirmou que ela estava dizendo a verdade sobre o abuso “horrível” que sofreu, mas acrescentou que o caso é, na verdade, sobre uma questão jurídica restrita: se o artigo de opinião de Heard está sob a liberdade de expressão protegida pela Primeira Emenda da Constituição dos EUA.

    “Essa é a questão, e isso é o que está sendo pedido a vocês para decidir”, disse Rottenborn aos jurados.

    “A equipe do sr. Depp vai tentar transformar este caso em uma novela”, disse Rottenborn. “Por quê? Não tenho certeza, porque as provas não são bonitas para o sr. Depp”.

    Outra advogada de Amber, Elaine Bredehoft, disse que durante uma viagem à Austrália, em 2015, Depp arrastou Amber Heard pelo chão, deu-lhe um soco, chutou-a e depois “penetrou-a com uma garrafa de licor”.

    Depp balançou a cabeça em sinal de “não” na sala de audiências quando Bredehoft fez a declaração aos jurados.

    Há menos de dois anos, Depp perdeu uma ação de calúnia contra o “The Sun”, um tabloide britânico que o rotulou de “espancador de esposas”. Um juiz do Supremo Tribunal de Londres decidiu que ele havia repetidamente agredido Amber Heard e a colocou em temor por sua vida.

    No caso dos Estados Unidos, Johnny Depp e Amber Heard apresentaram longas listas de testemunhas potenciais que poderiam depor.

    A lista da atriz inclui seu ex-namorado e presidente-executivo da Tesla, Elon Musk, para quem ela mandou uma mensagem sobre Depp. Também está na lista o ator James Franco.

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