Jô Soares sempre enfrentava momentos difíceis com humor, diz biógrafo
Humorista e ator morreu nesta sexta-feira (5), aos 84 anos, em São Paulo
O jornalista Matinas Suzuki Júnior, autor de dois volumes da biografia de Jô Soares, “O Livro de Jô”, declarou, nesta sexta-feira (5), em entrevista à CNN, que o humorista e ator enfrentava os momentos difíceis da vida sempre com muito humor.
O biógrafo cita exemplos como o tratamento com o filho, Rafael Soares, que ainda criança foi diagnosticado com “Transtorno do Espectro do Autismo” (TEA), e que morreu aos 50 anos, em 2014, com um tumor no cérebro. E ainda episódios durante a Ditadura Militar.
“[Ele reagia] sempre com humor. O Rafa, o filho, fazia um monte de piadas, ele rolava de rir. E também dos momentos difíceis, da Ditadura Militar, alguns ele guardou um pouco de sentimento, mas nunca que isso tenha se transformado numa amargura, em algo de ressentimento, jamais. O Jô tinha só pensava em uma coisa: repartir o pão da alegria”, afirmou Matinas.
“Tudo ele acabava levando para o lado do humor, da alegria, e até tem uma frase, que é a epígrafe desse primeiro volume, que ele adorava, de um ator inglês, Edmund Gwenn que dizia o seguinte: ‘morrer é fácil, humor que é difícil’. Ele disse essa frase no leito de morte. E o Jô, agora nos últimos dias no hospital, voltou a repetir essa frase: ‘viver não é problemático, difícil é fazer humor'”, continuou.
Jô morreu nesta madrugada, aos 84 anos. Ele estava internado no hospital Sírio-Libanês desde o final do mês passado, em São Paulo.
“O paciente Jô Soares faleceu na data de hoje, 05 de agosto, às 2h20, no Sírio-Libanês. em São Paulo. Ele estava internado desde o dia 28 de julho no hospital, onde era acompanhado pelas equipes do corpo clínico da instituição”, dizia a nota de sua assessoria e da unidade hospitalar.
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