Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    #CNNPop

    Grupo de k-pop LE SSERAFIM mostra vulnerabilidade dos bastidores em novo álbum

    Em "Easy", as integrantes decidiram expressar a ansiedade e os conflitos internos que sentem

    Cortesia da SOURCE MUSIC

    Isabela Gadelhada CNN

    Na madrugada desta segunda (19), às duas da manhã, a CNN foi um dos veículos presentes on-line na coletiva de imprensa do grupo de k-pop LE SSERAFIM que aconteceu na Coreia do Sul. O motivo do papo foi o lançamento do álbum “Easy”, nove meses depois do sucesso “UNFORGIVEN”.

    Caso você não sabia, o nome do quinteto vem do acrônimo de I’M FEARLESS. Em português, quer dizer “Sou destemida”, e vários de seus grandes hits mostram essa faceta das integrantes KIM CHAEWON, SAKURA, HUH YUNJIN, KAZUHA e HONG EUNCHAE.

    Em “FEARLESS”, por exemplo, elas entoam que vão vencer, não importa o obstáculo. Já em “ANTIFRAGILE”, que tem grandes influências de reggaeton, elas cantam que mesmo os momentos difíceis podem te fortalecer. No sucesso “UNFORGIVEN”, elas abraçam as “vilãs” que têm dentro de si, sem medo de não serem perdoadas por suas ações.

    É por isso que o álbum “Easy” traz algo novo, nunca explorado pelas artistas. Depois de mostrarem suas versões mais fortes e nada frágeis, dessa vez o LE SSERAFIM quer mostrar seus conflitos internos e inseguranças.

    Da esquerda para a direita: CHAEWON, YUNJIN, KAZUHA, EUNCHAE e SAKURA performando “Black Swan”. / Cortesia da SOURCE MUSIC.

    Uma versão vulnerável do LE SSERAFIM

    “Eu sinto que este álbum realmente incorpora nossas histórias sinceras e pessoais. É algo que nunca tentamos antes”, confessa KAZUHA na coletiva de imprensa.

    Por trás de todo o carisma e a confiança que elas mostravam ao mundo, havia uma ansiedade escondida, segundo CHAEWON.

    “Esse tempo todo exibimos nossa coragem, nossa audácia, mas, na verdade, não nascemos com elas. Tudo o que conquistamos até agora é o resultado de trabalho árduo e esforço”, explica a líder do grupo. “Queríamos falar sobre as inúmeras noites de dedicação e luta que acontecem nos bastidores”.

    Segundo a japonesa SAKURA, desde que estrearam como um grupo em 2022, o único pensamento que tinha era dar o seu melhor. Mas, à medida que foi recebendo muito amor e apoio, veio também a ansiedade.

    “Fiquei me perguntando se esse amor e apoio continuariam no nosso próximo álbum. E também sinto uma certa pressão para sempre mostrar uma nova faceta de mim mesma”, admite. “E como o LE SSERAFIM é um grupo que incorpora nossas histórias sinceras em sua música, achei que mostrar nossos medos crus e inseguranças mais profundas era realmente legal”.

    Da esquerda para a direita: SAKURA, EUNCHAW, KAZUHA, YUNJIN E CHAEWON. / Cortesia da SOURCE MUSIC.

    A coreografia não é nada “easy”

    A faixa principal do novo projeto tem o mesmo nome do álbum, “Easy”, e de fato é diferente dos singles anteriores do grupo, já que tem uma melodia mais suave. Mas, segundo o grupo, isso não torna a coreografia menos complexa.

    “Parece fácil em comparação com outras coreografias do LE SSERAFIM, mas não é”, afirma Sakura. “Nossa coreografia realmente demonstra o que queremos expressar na música “Easy”: não é fácil, mas conseguimos fazer parecer que sim”.

    A caçula EUNCHAE concorda: “Tivemos que usar cada última gota de energia em nossos corpos para entregar uma performance poderosa. Posso afirmar com ousadia que essa coreografia é a mais exigente fisicamente de todas as músicas que já fizemos até agora”.

    E, de fato, o esforço é tanto que fez YUNJIN se preparar ainda mais para o esforço vocal de cantá-la ao vivo. “Eu cantava enquanto corria três quilômetros todos os dias para garantir que minha resistência estivesse em dia”, confidencia a cantora.

    Uma nova direção para o clipe

    Quem dirigiu o clipe de “Easy” foi Nina Mcneely, conhecida por ter trabalhado com Doja Cat e The Weeknd.

    Segundo CHAEWON, elas gravaram em Los Angeles, nos Estados Unidos, e foi a primeira vez que colaboraram com uma diretora não coreana. “Tudo parecia novo, desde o estilo de direção dela até o storyboard, os ângulos de filmagem e tudo mais”, descreve.

    Outra diferença que a líder sentiu foi o fato de, dessa vez, serem dirigidas por uma profissional que também é dançarina: “Ela tinha uma compreensão muito detalhada da nossa coreografia, então acredito que fez um trabalho maravilhoso capturando a performance na tela”, elogia.

    Veja o resultado:

    Bastidores do estúdio de gravação

    As integrantes colaboraram com o produtor Bang Si Hyuk, o artista que formou o grupo de k-pop BTS. Segundo EUNCHAE, ele queria “vibes diferentes” para cada música – até porque o álbum abrange uma ampla variedade de gêneros.

    “As direções que o produtor nos deu eram todas diferentes”, recorda a caçula. “Me lembro de quando ele me pediu para cantar como uma princesa do gelo, como alguém que está um pouco irritado e insatisfeito”.

    Ela admitiu que, à princípio, não entendeu bem a direção, até porque a artista de 17 anos tem uma personalidade muito animada e alegre.

    “Perguntei a ele o que seria uma princesa de gelo, e ele me pediu para cantar de maneira fria e de maneira cínica, como se estivesse realmente frio lá fora. Foi um jeito muito divertido de gravar”, elogia.

    Segundo SAKURA, Bang Si Hyuk até mesmo pediu desculpas a elas.

    “Ele disse: ‘Peço desculpas, vai levar muito tempo para gravar porque queremos vocais realmente fortes'”, lembra. “Eu pensei que já estávamos quase terminando. O que fizemos de errado? Mas isso nos motivou a fazer várias gravações, e eu até tive aulas de rap pela primeira vez para este álbum”.