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    Grammy 2025 vai na contra-mão de ataques à diversidade e celebra inclusão

    Premiação destaca conquistas de artistas negros, LGBT+ e mulheres, além de reforçar importância da representatividade na indústria musical

    Lisa Respers Franceda CNN

    Embora os esforços de diversidade, equidade e inclusão estejam sob ataque nos Estados Unidos, o Grammy Awards não foi avisado. Houve uma celebração vocal e visual da diversidade cultural no evento de domingo (2), com apresentações e vitórias de uma ampla gama de artistas e homenagens aos socorristas e cidadãos que se uniram para ajudar Los Angeles a se recuperar de seus devastadores incêndios florestais.

    Durante o show, a rapper Doechii, que é bissexual, tornou-se apenas a terceira mulher negra a vencer um prêmio de Melhor Álbum de Rap — sendo Cardi B. e Lauryn Hill as outras — por “Alligator Bites Never Heal”.

    “Sei que há uma garota negra lá fora — tantas mulheres negras — que estão me assistindo agora. E quero dizer a você que você pode conseguir”, disse Doechii. “Tudo é possível. Não permita que ninguém projete estereótipos em você dizendo que você não pode estar aqui”.

    Alicia Keys adotou uma atitude semelhante ao aceitar o Prêmio Dr. Dre de Impacto Global.

    “Isso é para todas as mulheres que conhecem a magia que trazem para a sala”, disse Keys. “Este não é o momento de silenciar a diversidade de vozes. Vimos neste palco pessoas talentosas e trabalhadoras de diferentes origens com diferentes pontos de vista e isso muda o jogo. DEI [sigla norte-americana para diversidade, equidade e inclusão] não é uma ameaça, é um presente”.

    Chappell Roan, que é queer, usou seu discurso de aceitação de melhor artista revelação para defender jovens músicos que trabalham para entrar na indústria. “Disse a mim mesma que se algum dia ganhasse um Grammy e pudesse ficar aqui na frente das pessoas mais poderosas da música, exigiria que as gravadoras e a indústria que lucram milhões de dólares com os artistas oferecessem um salário digno e assistência médica, especialmente para artistas em desenvolvimento”, disse ela.

    As mulheres não foram as únicas cujas vitórias reforçaram que a participação na Academia da Gravação — a organização por trás do Grammy, que há muito era criticada por sua falta de representatividade — tem trabalhado para evoluir.

    Kendrick Lamar tornou-se um dos artistas de hip-hop mais celebrados no domingo com suas cinco vitórias no Grammy, incluindo dois dos principais prêmios da noite. “Not Like Us” conquistou tanto o prêmio de Gravação do Ano quanto o de Canção do Ano.

    Enquanto o público cantava junto com disstrack direcionada ao rapper Drake, ficou óbvio que tanto o hip hop quanto Lamar estavam tendo um momento.

    O rap há muito tempo luta para obter respeito no Grammy, que começou a reconhecer o gênero em 1989.

    Durante uma homenagem a Quincy Jones, Stevie Wonder lembrou como o falecido músico reuniu uma variedade de artistas para produzir o esforço de ajuda “We Are the World”.

    “Digo a vocês: ainda somos as crianças, ainda somos as pessoas que lutam e morrerão por esta nação”, disse Wonder. “Então definitivamente temos que ser capazes de celebrar uns aos outros”.

    Confira aqui os vencedores das principais categorias do Grammy 2025.

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