Glenn Close relembra infância em culto religioso: “Me dissociava”

A atriz Glenn Close, 77, relatou que sua “imaginação fértil” a ajudou a superar sua infância em um grupo de fanáticos religiosos. A estrela de Hollywood cresceu no Moral Re-Armament, um movimento moral e espiritual fundado em 1938 pelo pastor norte-americano Frank Buchman, e relembrou que usava a criatividade como uma forma de escapismo às normas rígidas da comunidade.

“Desde muito cedo, quando corríamos livres pelos campos de Connecticut, eu sempre tive uma imaginação incrivelmente ativa”, começou Close em entrevista ao programa Today.

“Eu conseguia me dissociar de certas situações com minha imaginação e não deixava que elas me abalassem tão profundamente quanto poderiam. Acho que isso foi o que literalmente me manteve no caminho que eu queria trilhar desde muito cedo, que era ser atriz”, acrescentou a vencedora do Globo de Ouro.

Glenn passou parte de sua infância na Suíça, para onde sua família se mudou com o objetivo de ficar mais próxima à sede do movimento. A estrela de “Atração Fatal” (1987) admitiu anteriormente ter guardado ressentimentos em relação aos pais por tê-la inserido no grupo.

“Fui aprendendo cada vez mais sobre eles, sobre qual era a situação deles e o quão vulneráveis estavam em determinados momentos”, disse Glenn à revista People.

A atriz, que deixou o grupo aos 22 anos, acredita que os pais não tinham dimensão das consequências de suas escolhas. “Acho que realmente entendo por que eles eram tão vulneráveis a um grupo como aquele, sem saber a devastação que isso causaria aos seus filhos.”

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