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    Gio Ewbank e Gagliasso falam após condenação de portuguesa por racismo

    A Justiça de Portugal condenou Adélia Barros, 59, a uma pena de 8 meses de prisão após crime contra Titi e Bless, filhos do casal

    Giullyana Ayacolaboração para a CNN

    A apresentadora Giovanna Ewbank, 38, e o ator Bruno Gagliasso, 42, se pronunciaram publicamente após a Justiça de Portugal condenar Adélia Barros, 59, de cometer racismo contra Titi, 11, e Bless, 9, durante viagem da família ao país em 2022.

    “Há quase três meses a gente celebrava uma vitória contra o racismo no Brasil. E, hoje, direto de Salvador, neste mês que nos pede consciência para que lembremos da herança escravocrata que herdamos, a gente volta para propagar mais uma vitória contra o racismo, desta vez em Portugal“, começaram na legenda de publicação no Instagram.

    “Assim como já dissemos, mas precisamos repetir: sabemos que essa vitória acontece por termos visibilidade e por sermos brancos. Sabemos que somos mais ouvidos que quaisquer mãe ou pai negros que ainda são silenciados. Sabemos. E não podemos parar – principalmente se o nosso privilégio fizer diferença numa luta. É esse o nosso papel, é esse o papel da branquitude”, continuaram.

    Eles relembraram o caso, que aconteceu em 30 de julho de 2022 durante viagem de férias deles para Costa da Caparica, em Portugal, e disseram que essa é mais uma condenação histórica, já que em agosto, a influenciadora brasileira Dayane Alcântara foi condenada pela Justiça Federal do Rio de Janeiro a 8 anos e 9 meses de prisão por racismo contra Titi.

    “Esta é a primeira vez que a lei portuguesa condena uma pessoa em consequência do racismo. A mulher que agrediu nossos filhos – que são crianças – foi condenada a oito meses de prisão”, disseram.

    “Mais uma vez estamos emocionados, mais uma vez agradecemos a comoção pública e a imprensa brasileira e de nossos amigos portugueses. E mais uma vez devemos dizer que precisamos seguir vigilantes, pois o racismo segue, segue diminuindo, ferindo, matando. E não podemos esmorecer diante dele”, finalizaram.

    O tribunal de Almada determinou que Adélia Barros cumpra uma pena de oito meses de prisão, que pode ser cumprida em liberdade, com a condição de que não cometa outro crime durante os próximos quatro anos. Além disso, ela foi condenada a pagar uma indenização de 14 mil euros (aproximadamente R$ 85 mil) e a se submeter a tratamento para alcoolismo.

    Ela também deverá pagar 2.500 euros (cerca de R$ 15 mil) à associação SOS Racismo.

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