Gal Costa será velada na Assembleia Legislativa de São Paulo nesta sexta (11)
Velório ocorrerá das 9h às 15h; enterro será restrito para familiares e amigos
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A cantora Gal Costa durante ensaio para a capa do disco "Gal Costa", lançado em 1969, pela gravadora Philips. • ARQUIVO/ESTADÃO CONTEÚDO/AE/
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A cantora Gal Costa se apresenta no estreia do programa de auditório "Divino e Maravilhoso", comandado por Caetano Veloso e Gilberto Gil, exibido pela TV Tupi, com direção geral de Fernando Faro, às segundas feiras a partir das 21 horas. A emissora apostou na novidade do momento e tentou mostrar ao público o movimento denominado de Tropicalismo.
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João Gilberto, Gal Costa e Caetano Veloso reunidos durante apresentação (1980). • ARQUIVO/ESTADÃO CONTEÚDO/AE
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Os músicos (e/d) Gilberto Gil, Gal Costa, Maria Bethânia e Caetano Veloso, que juntos são conhecidos como "Doces Bárbaros", se apresentam na G.R.E.S. Etação Primeira de Mangueira, no Rio de Janeiro (1994). • THIAGO QUEIROZ/ESTADÃO CONTEÚDO/AE
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A cantora Gal Costa é vista durante show (1994). • MILTON MICHIDA/ESTADÃO CONTEÚDO/AE
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A cantora Gal Costa é vista durante encontro com o então presidente da República, Itamar Franco, em Brasília, Distrito Federal (1994). • WILSON PEDROSA/ESTADÃO CONTEÚDO/AE
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Imagem de Gal no show "Mina d'Água do Meu Canto", com repertório formado sobre a obra musical de Chico e Caetano (1995). • Arquivo pessoal
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O cantor Dorival Caymmi (d) ao lado de Gal Costa e do filho Dori durante show no Heineken Concerts, no Palace, na capital paulista (1996). • THIAGO QUEIROZ/ESTADÃO CONTEÚDO/AE
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Retrato da cantora Gal Costa durante o show dos Doces Bárbaros realizado na Praça da Paz, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo (2002). • THIAGO QUEIROZ/ESTADÃO CONTEÚDO/AE
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Em ritmo de Bahia, na fase de "Bossa Tropical" (2002). • Marcos Hermes
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Imagem promocional do disco "Todas as Coisas e Eu" (2003). • Daniel Klajmic
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Os cantores Caetano Veloso (e) e Gal Costa em entrevista durante gravação do Programa do Jô, da Rede Globo, na capital paulista. • ERNESTO RODRIGUES/ESTADÃO CONTEÚDO/AE
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Ensaio com a cantora Gal Costa (2005). • THIAGO QUEIROZ/ESTADÃO CONTEÚDO/AE
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Show com a cantora Gal Costa, no lançamento do CD "Gal Costa Hoje", no Canecão, Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro (2006). • ARQUIVO/ESTADÃO CONTEÚDO/AE
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Os cantores Caetano Veloso (e) e Gal Costa se apresentam juntos durante gravação do Programa do Jô, da Rede Globo, na capital paulista (2011). • ERNESTO RODRIGUES/ESTADÃO CONTEÚDO/AE
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A cantora Gal Costa recebe os fãs durante o lançamento do CD Estratosférica, na Livraria Cultural do Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, região central de São Paulo (2015). • J.F.Diorio/ESTADÃO CONTEÚDO/AE
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Gal Costa ao vivo no palco HSBC Brasil, em 15 de junho de 2015. • ARQUIVO/ESTADÃO CONTEÚDO/AE
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Gal Costa performa ao vivo durante o Coala Festival 2022, no Memorial da America Latina em 17 de setembro de 2022. • Mauricio Santana/Getty Images
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Gal Costa performa ao vivo durante o Coala Festival 2022, no Memorial da America Latina em 17 de setembro de 2022. • Mauricio Santana/Getty Images
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Gal Costa performa ao vivo durante o Coala Festival 2022, no Memorial da America Latina em 17 de setembro de 2022. • Mauricio Santana/Getty Images
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Gal Costa fazendo o L de Lula; cantora declarou votos nas redes sociais em 30 de outubro. • Reprodução/Redes Sociais
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O corpo da cantora Gal Costa será velado nesta sexta-feira (11), entre 9h e 15h, na Assembleia Legislativa de São Paulo. O enterro, cujo local não foi divulgado, será restrito para amigos e familiares.
A artista, que foi um dos maiores nomes da MPB, morreu nesta quarta-feira (9), aos 77 anos, em sua casa, na capital paulista. A causa da morte ainda não foi divulgada.
Em nota divulgada à imprensa, a assessoria da cantora agradeceu “o carinho de todos nesse momento tão difícil”. Ainda de acordo com a equipe da cantora, Gal vinha se recuperando nas últimas três semanas de um procedimento cirúrgico nasal.
Esta quarta também foi marcada pela morte do ator, cantor e apresentador Rolando Boldrin, que tinha 86 anos.
História de Gal Costa
Maria da Graça Costa Penna Burgos, a Gal, nasceu em Salvador, na Bahia e começou a cantar na adolescência em festas escolares e trabalha em uma loja de discos, onde conheceu a bossa nova.
Em 1964 ela se junta aos artistas cantores Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé e Maria Bethânia em “Nós, Por Exemplo”, show de inauguração do Teatro Vila Velha, em Salvador. No mesmo ano, ainda como Maria da Graça, gravou um disco com as faixas “Eu Vim da Bahia” e “Sim, Foi Você”.
De acordo com a Enciclopédia da Música Brasileira, projeto do Itaú Cultural, depois de 1967 ela gravou duas músicas do álbum “Tropicália” ou “Panis et Circencis”, de Caetano.
A capacidade de se reinventar foi uma característica marcante da cantora e sua carreira foi marcada por mudanças. A primeira delas acontece em 1968: com colar de espelhos, penteado black power e o canto agudo e provocador, Gal defende a canção “Divino Maravilhoso” no 4º Festival de Música Popular Brasileira da TV Record e fica em terceiro lugar.
Em 1969, lançou dois álbuns, “Gal Costa” e “Gal”, com canções de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, ícones da jovem guarda. Na voz da cantora, as composições de apelo pop ganham interpretação enérgica.
Ao longo do exílio de Caetano e Gil, iGal torna-se representante do tropicalismo. Em 1970, a cantora vai para Londres para visitar os dois músicos e, de volta ao Brasil, lança “LeGal”.
O disco ao vivo “Fa-tal – Gal a Todo Vapor”, de 1971, traz músicas de Luiz Melodia (1951-2017), Roberto Carlos e Erasmo Carlos.
Também tocando na questão política, a capa do álbum “Índia” traz um close da virilha da cantora, vestida com um biquíni e, na contracapa, ela aparece de seios nus. O LP foi vendido nas lojas dentro de um plástico escuro por causa da censura.
Com o disco “Cantar”, Gal se reaproxima da MPB e muda a postura vocal, amenizando a agressividade e priorizando a voz límpida, um retorno à referência de João Gilberto.
Em 1975, Gal, Gil, Caetano e Bethânia se reúnem para o espetáculo “Os Doces Bárbaros”, que dá origem ao disco homônimo. No mesmo ano, interpreta “Modinha para Gabriela”, do compositor Dorival Caymmi (1914-2008) e tema de abertura da adaptação do romance Gabriela, Cravo e Canela, de Jorge Amado (1912-2001). Menos experimentais, Gal Canta Caymmi (1975) e os dois álbuns seguintes, Caras e Bocas (1977) e Água Viva (1978), são sucessos de público.
Em 1980, ela revisita a obra do compositor Ary Barroso (1903-1964) com o álbum “Aquarela do Brasil”. Com “Fantasia” (1981), alcança sucesso nas rádios com a faixa “Festa no Interior”, de Moraes Moreira (1947- 2020) e Abel Silva.
Em 1988, recebeu o Prêmio Sharp de melhor cantora. Na década de 1990, retoma a parceria com Salomão no disco “Plural”, e em 1993, lança “O Sorriso do Gato de Alice”.
No álbum “Recanto”, de 2011, Gal se reinventou novamente. O trabalho, composto e produzido por Caetano, traz um repertório com música eletrônica e o funk carioca.