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    Festival de Cinema de Gramado chega a sua 50ª edição

    Depois de dois anos, organizadores retomam formato presencial e discute a pluralidade no audiovisual

    Ester Cassavia*Isabella Galvão*da CNN , em São Paulo

    O Festival de Cinema de Gramado, um dos maiores eventos do gênero no Brasil, começou esta semana e até o dia 20 vai promover encontros presenciais e trazer discussões sobre o universo da sétima arte. Em entrevista à CNN, Marcos Santuario, curador do Festival, ressaltou a expectativa do evento que marca a bodas de ouro.

    “É uma das maiores das últimas décadas por conta do retorno à presencialidade de um evento que tem uma característica importante (…) Não é só um festival, não é só exibição de filmes. É também o encontro, debate e a troca entre toda a cadeia do audiovisual e as pessoas que admiram esse processo, sendo o público objetivo final do processo de produção.”

    O curador explicou que ao olhar através das décadas é possível rever a história do país misturada a da festival e enaltece a importância do audiovisual na construção social: seja longas e curtas, o material que está sendo produzido no Brasil e no exterior representa a pluralidade das pessoas e dos lugares nas telonas.

    Aliás, Gramado tem acompanhado a tendência já vista em Cannes e no próprio Oscar e absorve as produções dos conteúdos on demand. “Eu diria que hoje não se pode pensar o audiovisual sem pensar na existência do streaming”, ressalta Santuário sobre o Festival estar conectado com o que está acontecendo no mundo.

    Uma novidade desta edição é o uso do TikTok. O festival criou o desafio para celebrar os 50 anos. Criadores de conteúdo na plataforma farão curta-metragem de 3 minutos. O  melhor vídeo será apresentado ao público e o criador ainda levará um prêmio. A ideia veio depois da parceria entre o aplicativo e a 75ª edição do Festival Internacional de Cinema de Cannes neste ano.

    “Isso também mostra que nós estamos absolutamente sintonizados com esse momento tecnológico e acreditando que não precisamos criar conflitos entre plataformas e salas de cinema, mas sim encontrar viabilidades para que essas realidades consigam viver, para o bem do audiovisual e para o bem da indústria criativa do audiovisual, que emprega tanta gente e que é responsável também por uma economia da cultura muito importante.”

    Ao longo da semana, serão apresentados 19 longas, sete na mostra nacional, sete na internacional e cinco na gaúcha, 14 curtas brasileiros e 17 curtas gaúchos. Este ano, a tarefa de selecionar os filmes ficou por conta de Santuário, da atriz Dira Paes, e da atriz e cantora argentina Soledad Villamil.*Sob supervisão Elis Franco

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