Entenda a polêmica envolvendo o carnavalesco Paulo Barros
Responsável pelo enredo da Unidos de Vila Isabel em 2025, o artista criticou a maioria de enredos afro na Sapucaí


Paulo Barros, 62, atual carnavalesco da escola de samba Unidos de Vila Isabel, no Rio de Janeiro, causou polêmica no início da semana ao criticar a predominância de enredos com temáticas africanas nas agremiações cariocas para 2025.
“A maioria dos enredos desse ano são afros, tudo já foi visto e revisto, e eu posso te garantir que 90% de quem está assistindo o desfile não vai entender nada”, disse ele em entrevista à Folha de S. Paulo.
O artista também criticou a forma como as histórias são retratadas na Marquês de Sapucaí. “Quando eu pego para ver como vai ser a trama que uma escola vai contar sobre um Orixá, é uma confusão danada. Um apaixonado por fulano, tendo filho de ciclano. Filho de quem? Orixá de outro? É o que rege a cabeça de quem? Sinto muito, eu não assimilo. Eu sou brasileiro, então sou meio macumbeiro, meio católico, meio budista, tudo junto. Todo bom católico é um ótimo macumbeiro”, acrescentou.
Não demorou muito para que a declaração viralizasse entre internautas e alcançasse a bolha carnavalesca. De um lado, alguns criticaram os comentários. Outros, no entanto, apoiaram a fala.
Já na terça-feira (25), Paulo usou as próprias redes sociais para reforçar a opinião e afirmou não ter “obrigação” ou “responsabilidade de trazer o tema em seus desfiles. “Não venham querer me entubar uma responsabilidade e uma obrigação de ter que falar de temas africanos. Não gosto. É uma opinião minha. Não gosto”, começou.
“Eu tenho o direito de pensar dessa forma. O direito é meu. As pessoas falam: ‘nós estamos num país de democracia’. Esse é o meu pensamento, sinto muito. Tem umas pessoas que concordam e umas que não concordam. Tem que respeitar a opinião de cada um e eu respeito”, continuou.
“Tem gente que fala que desfile de escola de samba obrigatoriamente tem que ter uma temática africana porque o samba veio da África. Qualquer imbecil sabe disso. Que a raiz do samba, da escola de samba, tem essa raiz e esse fundamento, essas temáticas africanas. O carnaval, ao longo das décadas, ele passou a assimilar todos os tipos de enredo e todos os tipos de tema”, entregou.
Assista ao vídeo na íntegra:
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