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    É Tudo Verdade: festival tem filme sobre opositor de Putin e novo Oliver Stone

    Festival acontece de forma híbrida entre 31 de março e 10 de abril com sessões online e em salas de São Paulo e Rio de Janeiro

    Opositor russo Alexei Navalny em Moscou, Rússia
    Opositor russo Alexei Navalny em Moscou, Rússia Divulgação

    Felipe Romeroda CNN

    Após dois anos em formato totalmente virtual, o festival de documentários “É Tudo Verdade” retoma as salas de cinema com nomes de peso para a edição de 2022 – mas mantém sessões on-line por conta da pandemia.

    Dentre os destaques, o novo filme do diretor Oliver Stone, “JFK Revisitado: Através do Espelho”. Stone retoma as investigações sobre o assassinato do presidente americano John Kennedy 30 anos após lançar “JFK: a pergunta que não quer calar”. O documentário se baseia em novos documentos liberados pelos EUA em 2017 sobre o assassinato e desafia a versão oficial do crime.

    Outro destaque fica por conta da produção “Navalny”, uma parceria entre CNN Films e HBO Max, que investiga o atentado à vida de Alexei Navalny, principal opositor de Vladimir Putin na Rússia, envenenado em 2020 na Sibéria. Após se recuperar em Berlim, foi preso ao voltar para a Rússia em janeiro de 2021, onde está até hoje. A produção foi lançada no festival de Sundance do ano passado.

    O diretor-fundador do festival, Amir Labaki, falou sobre o sentimento de retomar as sessões presenciais: “É um privilégio o retorno progressivo às salas de cinema, respeitados os protocolos sanitários exigidos frente à pandemia ainda vigente, como passe vacinal, uso de máscaras e lotação limitada”, explicou, citando o formato híbrido como de transição.

    Labaki destaca também o caráter dinâmico das produções desta edição, com cineastas tratando de temas como “a tragédia da pandemia, a crise da democracia e a batalha contra as mudanças climáticas.”

    Em suas duas edições virtuais anteriores o festival teve bons números: cerca de 116 mil espectadores acompanharam o festival em 2020; já no ano passado, foram mais de 213 mil pessoas acompanhando os filmes da programação.

    Ao todo, o festival exibirá 77 produções de 34 países, entre longas, médias e curtas, inéditos no Brasil, retrospectivas e clássicos. Além disso, o evento também conta com debates, conferências, master class, entre outras atividades.

    Os filmes vencedores dos prêmios dos júris nas Competições Brasileiras e Internacionais de Longas/Médias e de Curtas Metragens estarão automaticamente classificados para  apreciação à disputa pelo Oscar do ano que vem.

    Na competição nacional, destacam-se “Adeus, Capitão”, de Vincent Carelli e Tita, sobre o povo originário de Gavião, no Pará; a biografia “Belchior, Apenas um Coração Selvagem”, de Camilo Cavalcanti e Natália Dias; “Pele”, de Marcos Pimentel sobre grafite e “Quando Falta o Ar”, de Ana e Helena Petta sobre a pandemia.