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    Desafio de qualquer filme de ação é esconder dublês, com Tom Cruise é o oposto, diz diretor de Missão Impossível

    Christopher McQuarrie conta os desafios de filmar as acrobabias do ator; sétimo filme da franquia chega aos cinemas nesta quinta (13)

    Marina Toledoda CNN

    em São Paulo

    Em grande estilo, Tom Cruise retorna às telonas – e convoca todos a irem aos cinemas – com “Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte 1”, que estreia nesta quinta-feira (13).

    Na trama, o agente Ethan Hunt embarca em uma nova missão: rastrear uma aterrorizante arma que ameaça toda a humanidade antes que caia nas mãos erradas.

    Com o controle do futuro e o destino do mundo em risco, além de antigos inimigos do passado se aproximando, uma corrida mortal ao redor do mundo se inicia.

    Além de Cruise, o longa conta com Hayley Atwell, Rebecca Ferguson, Vanessa Kirby, Esai Morales, Simon Pegg e mais no elenco.

    Antes de mesmo da estreia, o novo filme da franquia de sucesso já vinha chamando atenção. Fotos e vídeos das filmagens das cenas de ação de Tom Cruise circularam na imprensa e nas redes sociais.

    O diretor Christopher McQuarrie explicou como foram realizadas as cenas e revelou que todo o equipamento teve que ser criado para algumas sequências.

    “O desafio de fazer qualquer filme de ação é normalmente esconder que seu ator não está fazendo o stunt (façanha física incomum, difícil e dramática que pode exigir uma habilidade especial) e que outra pessoa está fazendo. Em Missão Impossível é o oposto”, começou.

    “Temos um ator que faz o próprio stunt e estamos constantemente tentando desenvolver tecnologias para mostrar ele fazendo isso.”

    O cineasta comentou sobre o processo da cena em que Cruise corre e voa com uma moto,  que, segundo ele, “foi um grande desafio”.

    Tom Cruise no set de “Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte 1” / Divulgação/Paramout Pictures

    “Como você coloca uma câmera perto o suficiente que mostre que é ele realmente ali? Ao mesmo tempo, como você está longe o suficiente para ver que isso não está sendo feito com fios/cordas, que não é nenhum tipo de truque?”, disse.

    “Tivemos que desenvolver um sistema de gimbal (dispositivos responsáveis por estabilizar o movimento de câmeras para que seja possível obter vídeos ou fotografias em movimento) em que uma câmera opera duas câmeras que estão voando junto com ele. Essa câmera as acompanha por meio de um helicóptero”, explicou.

    Todo esse equipamento não existia. Tudo teve que ser criado para essa sequência

    Christopher McQuarrie

    O diretor também contou detalhes de outra cena impactante do longa: a briga e explosão no trem – que foi criado para a produção.

    “Desde o início eu disse a Tom que eu queria que esse filme tivesse um senso de aventura. Eu queria fazer um filme maior e mais global. Parte disso era fazer um filme mais romântico. E nada me soou mais romântico do que um trem, em particular o Expresso do Oriente”, disse.

    “A franquia já havia feito uma sequência em um trem antes, no primeiro filme, mas muito foi feito em um palco. Nós queríamos fazer na prática. Isso resultou em construir um trem em que Esai Morales, nosso vilão, e Tom pudessem estar brigando no telhado desse trem. Mas também [que pudéssemos] explodir.”

    Esai Morales e Tom Cruise em “Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte 1” / Divulgação/Paramout Pictures

    “Mas como você continua com uma sequência se ela acaba com a explosão? Essa ambição se tornou o que é a cena da explosão do trem no nosso filme, que é praticamente a explosão de um trem em câmera lenta. Foi muito desafiador. Não só executar as sequências, mas também planejar, como fazer todos os vagões e os equipamentos para a filmagem das acrobacias que estávamos criando”, explicou.

    “Nós não nos limitamos a algo que poderia ser feito fisicamente. Se esbarrasemos em um obstáculo, nós descobririamos como superar”, acrescentou.

    Tom Cruise publicou em suas redes sociais um vídeo que mostra a construção – e queda – do trem. (Veja abaixo)

    Para o diretor, quanto mais coisas práticas são feitas, mais real e imersivo fica. Isso porque coisas imprevisíveis podem acontecer, mesmo quando tudo é planejado.

    “Nós não tínhamos como prever como o trem seria caindo do penhasco. Por exemplo, quando o trem cai com câmeras presas ao seu redor, a rotação das rodas criou um estranho comportamento da câmera, que, se tivéssemos feito em CGI, nós nunca teriamos feito essa descoberta”, pontuou.

    “Quando o trem estava caindo com todos os equipamentos se movendo do jeito que foi, tinha graxa no chão e os atores estavam envolvidos em algo que era tão imprevisível e caótico, que cria uma energia ali que não teria se você tivesse feito com CGI”, acrescentou.

    Segundo McQuarrie, o problema do CGI, que pode ser útil de várias maneiras, é  justamente te dar exatamente o que você quer.

    “O que a gente aprendeu com a ação ‘prática’, é que com frequência nós não temos o que queremos, nós temos o que a missão nos dá. Isso lhe dá algo real, caótico, que você não conseguiria de outra forma.”

    “Eu e Tom estamos mais interessados em você [telespectador] tem a maior experiência emocionalmente imersiva possível. Nós queremos que você esteja o mais conectado com o protagonista possível”, disse.

    Tom Cruise como Ethan Hunt em “Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte 1” / Divulgação/Paramout Pictures

    “Missão: Impossível: Acerto de Contas Parte 1” passa por várias cidade e faz uma verdadeira volta ao mundo e, segundo o diretor, também é uma de gerar essa identificação com o telespectador.

    “Filmando em tantos lugares, nós queríamos levar a audiência para lugares que eles talvez não consigam ir. Nós queremos transportá-los para outro país e celebrar outra cultura e, quem sabe, inspirar você a ir lá.”

    Assista ao trailer