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    “Cowboy Carter” viria antes do “Renaissance”, mas Beyoncé precisou mudar planos

    Ordem dos discos foi impactada pela pandemia de Covid-19; entenda

    Álbum "Cowboy Carter", à esquerda da foto e "Renaissance", à direita, ambos de Beyoncé
    Álbum "Cowboy Carter", à esquerda da foto e "Renaissance", à direita, ambos de Beyoncé Divulgação/ Amazon

    Nicoly Bastosda CNN

    São Paulo

    Nesta sexta-feira, a cantora Beyoncé lançou ao mundo seu oitavo álbum de estúdio. Intitulado como “Cowboy Carter”, o disco é chamado, também, de ato II do “Renaissance”, projeto lançado pela artista em 2022.

    No entanto, esta não era a ideia inicial de Beyoncé. Em comunicado enviado à imprensa, a cantora deixou claro que o “Cowboy Carter” teria vindo antes do “Renaissance” se não fosse a pandemia causada pela Covid-19.

    “Este álbum levou mais de cinco anos”, pontuou Beyoncé.

    “Foi realmente ótimo ter tempo e graça para poder trabalhar nele. Inicialmente, eu ia lançar o “Cowboy Carter” primeiro, mas com a pandemia, havia muito peso no mundo. Queríamos dançar. Merecíamos dançar. Tive que confiar no tempo de Deus”, complementou.

    A estrela então lançou o Renaissance em julho de 2022, álbum focado no gênero House, estilo de música eletrônica que surgiu em clubes de dança underground de Chicago, nos Estados Unidos, no início da década de 1980.

    Quem é o Cowboy Carter?

    Segundo a cantora, “Cowboy Carter” foi inspirado nos cowboys negros originais do Oeste Americano. A palavra cowboy em si era usada de forma pejorativa para descrever os ex-escravos como “meninos”, que eram os mais habilidosos e tinham os trabalhos mais difíceis de lidar com cavalos e gado.

    Ao destruir a conotação negativa, o que resta é a força e resiliência desses homens que, segundo Beyoncé, eram a verdadeira definição de fortitude ocidental.

    O “Cowboy Carter” reúne 27 faixas e parcerias com Miley Cyrus, Post Malone e Willie Nelson, além de covers das canções clássicas “Jolene”, de Dolly Parton, e “Blackbird”, dos Beatles.

    O novo álbum também conta com um sample brasileiro de funk na faixa “Spaghettii”. O trecho utilizado vem da canção “Aquecimento das Danadas”, produzida pelo DJ O Mandrake com participação do DJ Xaropinho.

    O álbum é uma mistura de sons que Beyoncé adora e cresceu ouvindo, entre visitas e eventualmente performances no Houston Rodeo – Country, Rhythm & Blues original, Blues, Zydeco e Black Folk.

    “A alegria de criar música é que não há regras,” disse Beyoncé em comunicado enviado à imprensa. “Quanto mais vejo o mundo evoluindo, mais sinto uma conexão mais profunda com a pureza. Com inteligência artificial, filtros digitais e programação, eu queria voltar aos instrumentos reais, e usei alguns muito antigos.”

    “Eu não queria algumas camadas de instrumentos como cordas, especialmente guitarras e órgãos perfeitamente afinados. Mantive algumas músicas cruas e mergulhei no folclore. Todos os sons eram tão orgânicos e humanos, coisas do dia a dia como o vento, estalos e até o som de pássaros e galinhas, os sons da natureza”, complementou ela.

    “Acho que as pessoas vão ficar surpresas porque não acho que este álbum seja o que todos esperam, mas é a melhor música que já fiz”, finalizou a estrela.