Cineasta Breno Silveira morre aos 58 anos, em Pernambuco
Diretor do filme "Dois Filhos de Francisco" passou mal no set de filmagem de seu novo longa "Dona Vitória", estrelado por Fernanda Montenegro
O cineasta Breno Silveira morreu na manhã deste sábado (14) aos 58 anos após passar mal no set de filmagens de seu novo longa, segundo informações da produtora Conspiração Filmes. O diretor estava na cidade de Limoeiro, em Pernambuco. Ele chegou a ser levado a um hospital, mas não resistiu.
Silveira estava gravando as primeiras cenas de seu novo filme Dona Vitória, que marca a volta da atriz Fernanda Montenegro às telas de cinema. Ele sofreu um infarto agudo do miocárdio
enquanto gravava as primeiras cenas do longa “Dona Vitória”. Breno deixa a esposa, Paula Fiuza, e duas filhas, Olívia e Valentina.
Um dos grandes sucesso de Breno foi “Dois Filhos de Francisco“, que conta a história da dupla Zezé di Camargo e Luciano. O diretor também foi o responsável pela cinebiografia “Gonzaga: De Pai pra Filho“, que conta a história de Luiz Gonzaga e seu filho Gonzaguinha.
Antes de assinar como diretor, Breno Silveira foi diretor de fotografia de “Carlota Joaquina“, dirigido por Carla Camuratti e que marcou a retomada do cinema brasileiro, e de “Eu Tu Eles“, de Andrucha Waddington estrelado por Regina Casé.
Antes de começar a dirigir longas, Breno Silveira foi responsável por diversos e premiados videoclipes, como: Minha Alma, da banda O Rappa, Amor I Love You, de Marisa Monte, e É Preciso Saber Viver, dos Titãs. Silveira dirigiu também o filme musical Gilberto Gil: Tempo Rei e o documentário para a televisão Amyr Klink – Mar Sem Fim.
As produções para televisão passaram a ser mais presentes na carreira de Breno nos últimos anos, com o diretor assinando as séries Dom e 1 Contra Todos.
Entre Irmãs, lançado no formato de longa-metragem e minissérie, foi um dos maiores sucessos da TV brasileira nos últimos 20 anos, alcançando aproximadamente 84 milhões de espectadores.
Breno Silveira trabalhava na direção do longa Dona Vitória quando passou mal. O filme conta a história real de uma moradora de Copacabana que passou meses filmando atividades de tráfico em um morro próximo e entregou as gravações para um repórter.
“Esta é uma perda insuperável. Breno era um talento nato e soube, como poucos, usar seu olhar único para retratar o Brasil com toda sua emoção para dirigir obras inesquecíveis. O Brasil perde um de seus maiores cineastas, que vai nos fazer muita falta, tanto como pessoa como símbolo da cultura e da arte brasileira”, lamentam Pedro Buarque de Hollanda e Renata Brandão, chairman e CEO da Conspiração, em nota.