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    Cineasta brasileiro lança plataforma de venda de NFTs audiovisuais

    Segundo idealizador, a loja será uma alternativa de financiamento de filmes, séries, videoclipes musicais, entre outros gêneros em arquivos de vídeo; entenda

    Thayana Nunesda CNN

    Em paralelo às exibições dos principais lançamentos do cinema mundial – e do concorrido tapete vermelho -, o Festival de Cannes também realiza em todas as suas edições o Marché du Film, ou Mercado do Filme, uma concorrida feira de negócios que reúne produtores, distribuidores e investidores, que juntos muitas vezes definem os rumos do setor.

    Representando o Brasil neste ano, além de grandes produtoras como a RT Features, do cineasta Rodrigo Teixeira – que neste ano concorreu à Palma de Ouro com o filme “Armageddon Time”, estrelado por Anthony Hopkins e Anne Hathaway -, estava outro brasileiro, o maranhense Marcos Seneor.

    O cineasta e produtor lançou durante o evento um novo projeto, que ela acredita que seja o futuro do audiovisual: uma plataforma de venda de NFTs (tokens não-fungíveis) de cenas de filmes a séries, a Kinobaum.

    “A tecnologia blockchain está revolucionando o mundo das transações, negócios e contratos. E a Kinobaum será uma loja de cenas de filmes, séries, videoclipes musicais, jogadas de futebol, manobras de skatistas e tantas outros gêneros em arquivos de vídeo”, conta à CNN Seneor, que hoje mora na França.

    “Desenvolvi uma loja de NFTs audiovisuais na qual produtores poderão criar coleções a partir de suas obras e ofertar a preços fixos ou por leilão. Os usuários compradores podem renegociar a preços valorizados e os produtores receberão royalties de 9% por todas as revendas de seus NFTs para sempre”, explica ele sobre as transações, previstas para começar em junho.

    De acordo com Seneor, os proprietários dos direitos dessas obras audiovisuais poderão mintar, ou seja, “tokenizar, transformar o ativo em uma representação de tokens, e ofertar para a fan base (fãs), investidores e cripto entusiastas”.

    Para entender melhor, quem decidirá o preço inicial do NFT são os criadores das coleções e, em seguida, quem comprar poderá revender pelo preço que decidir e conseguir – normalmente, vende-se mais caro do que se comprou.

    Seneor dá um exemplo de “um filme, que terá várias cenas, takes ou tomadas divididas em NFTs. Cada uma delas é representada por um único NFT. O produtor então vai precificar com o valor que considera e quem comprar vai poder vender orientado pelo impacto que o  terá”.

    “Existem os fãs que compram e não querem se desfazer, os investidores que são chamados de holders que compram os NFTs assim que são lançados, e esperam meses ou anos até vender, quando considera a valorização máxima que ele terá, ou muitos compram e revendem na mesma hora”.

    “É uma alternativa de financiamento célere, transparente e descentralizada, distinta dos modelos tradicionais dos editais públicos ou grandes players de estúdios cinematográficos, canais de TV e plataformas de streaming”, finaliza.

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