Carnaval: Neguinho da Beija-Flor anuncia aposentadoria após desfile de 2025
Cantor defende as cores da agremiação de Nilópolis desde 1976, ano do primeiro título da azul e branco
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1 de 7Neguinho da Beija-Flor completou 75 anos neste sábado (29) • David Normando/Rio Carnaval
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2 de 7Cantor é intérprete da Beija-Flor de Nilópolis desde 1976 • David Normando/Rio Carnaval
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3 de 7Ele foi a voz de todos os catorze títulos da agremiação de Nilópolis (1976, 1977, 1978, 1980, 1983, 1998, 2003, 2004, 2005, 2007, 2008, 2011, 2015 e 2018) • David Normando/Rio Carnaval
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4 de 7Neguinho da Beija-Flor também fez sucesso fora do universo das escolas de samba, com hits como "Ângela" e "O Campeão" • David Normando
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5 de 7Neguinho da Beija-Flor também desfilou em São Paulo, onde foi a voz da Mocidade Alegre • Eduardo Hollanda/Rio Carnaval
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6 de 7Ele também é compositor dos sambas de 1976, 1978, 1981, 1983 e 1984 • Instagram/Neguinho da Beija-Flor
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7 de 7Neguinho da Beija-Flor venceu cinco vezes o Estandarte de Ouro de Melhor Intérprete • Instagram/Neguinho da Beija-Flor
O cantor Neguinho da Beija-Flor, 75, anunciou que fará seu último desfile como intérprete oficial da Beija-Flor de Nilópolis no Carnaval de 2025. A novidade foi anunciada durante a edição desta quarta-feira (20) do RJ1, telejornal local da TV Globo no Rio de Janeiro.
A despedida de Neguinho da Beija-Flor acontecerá no ano em que a escola de samba da baixada homenageará Laíla, outro que compõe o panteão dos principais sambistas de sua história. A coincidência foi destaca por Neguinho em entrevista concedida à jornalista Mariana Gross.
“Depois do carnaval de 2025, que é uma homenagem ao mestre Laíla, eu encerro a minha carreira na avenida da Marquês de Sapucaí. A gente morre duas vezes, quando morre de verdade e quando para”, disse. “O tempo é inimigo da perfeição. O tempo é maravilhoso. Eu já cheguei a 75 anos, são 50 anos de convivência na escola que é minha família, esse momento é difícil.”
O cantor completará, em 2025, 50 Carnavais como a voz principal da Beija-Flor, escola cujos sambas-enredos de todos os seus 14 títulos foram cantados na avenida por Neguinho da Beija-Flor. Sua estreia foi em 1976, ano em que a agremiação conquistou seu primeiro troféu. Ele só não terá 50 desfiles pela escola porque a pandemia da Covid-19 impediu a realização dos cortejos de 2021.
Foi por lá que Neguinho imortalizou o grito de guerra “Olha a Beija-Flor aí, gente!”. Em nota envida à CNN, a Beija-Flor reverenciou seu intérprete oficial e afirmou que o desfile de 2025 celebrará “uma vida inteira dedicada ao samba”.
Leia a nota da Beija-Flor na íntegra
O desfile de 2025 será marcado por uma emoção ainda mais especial. Além de homenagearmos o inesquecível mestre Laíla, será também o momento de nos despedirmos profissionalmente de nossa maior e inigualável voz no microfone oficial: Luiz Antônio Feliciano Marcondes, o nosso Neguinho.
Em 11 de junho de 1975, o então conhecido “Neguinho da Vala” chegou a Nilópolis, a convite do nosso presidente de honra, Anísio Abraão David, que também foi responsável por sugerir o nome artístico que se eternizou: “Neguinho da Beija-Flor”. Desde então, sua voz ecoou em cada verso que cantamos, em cada vitória que celebramos e em cada nota 10 que nos fez vibrar. Agora, após cinco décadas de dedicação à Beija-Flor, ele decidiu encerrar sua jornada profissional no mesmo ano em que prestamos homenagem ao legado de seu grande amigo Laíla.
Essa despedida, no entanto, é apenas do posto de intérprete oficial. Neguinho é, e sempre será, a essência da Beija-Flor. Não há Beija-Flor sem ele. Sua história está gravada em nossas cores, nossos sambas e nossos corações.
O próximo Carnaval da Beija-Flor, portanto, terá um sabor ainda mais especial: será a celebração de uma vida inteira dedicada ao samba. Seremos, mais uma vez, testemunhas de sua grandeza, celebrando juntos uma trajetória que soma mais de 50 anos, 14 títulos, 6 Estandartes de Ouro e um grito de guerra que ecoará para sempre no Carnaval brasileiro.
Agradecemos por cada momento, cada nota e cada emoção que Neguinho nos proporcionou. Se somos essa “comunidade que impõe respeito e bate no peito”, é porque ele sempre esteve ao nosso lado, construindo essa história.
Alô, Neguinho, olha nossa Beija-Flor aí, gente!
