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    Bruce Springsteen é criticado por realizar show na Itália após enchentes fatais

    O astro do rock norte-americano manteve seu show em Ferrara, nesta quinta-feira (18), mesmo após a região norte da Emilia-Romagna ser atingida por enchentes que deixaram pelo menos nove mortos

    Francesca Piscionerida Reuters , da Reuters

    O astro do rock norte-americano Bruce Springsteen foi criticado na Itália por manter um show em Ferrara, nesta quinta-feira (18), mesmo após a região norte da Emilia-Romagna ser atingida por enchentes que deixaram pelo menos nove mortos.

    Fãs do músico usaram as redes sociais para pedir que ele e sua equipe reconsiderassem a decisão, em sinal de respeito aos mortos e aos milhares retirados de suas casas após chuvas torrenciais causarem deslizamentos de terra e provocarem o transbordamento de rios.

    “@springsteen, por favor considere reagendar seu show de hoje. As áreas vizinhas enfrentaram inundações devastadoras. Você deveria porque: todos os recursos de emergência devem estar disponíveis na área afetada; precisamos evitar tráfego massivo; por respeito às vítimas”, tuitou Massimiliano Zampini.

    Outros ficaram mais indignados.

    Cristiana Boi descreveu a decisão de continuar com o show como “ultrajante”, enquanto Laura Casadei postou: “É um escândalo que eles façam o show de Springsteen em Ferrara esta noite. Ele vai cantar sem público porque todas as ruas principais estão bloqueadas em diversos lugares”.

    A Reuters contatou representantes de Springsteen, mas eles não responderam até a publicação.

    Uma das principais cidades da Emilia-Romagna, Ferrara não foi diretamente afetada pelas enchentes. E o prefeito Alan Fabbri defendeu a decisão de não cancelar o show, que esperava atrair até 50 mil pessoas.

    “Lamento se alguém pode ter pensado que Ferrara foi insensível à tragédia na Romagna só porque não cancelou o show do The Boss”, escreveu Fabbri no Facebook.

    Um show, “dada a sua enorme complexidade, não pode ser adiado ou cancelado” a curto prazo depois de ter envolvido milhares de trabalhadores e turistas que chegaram à cidade, disse.

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