Beyoncé aborda Grammy em novo álbum: “Não me afetam”
Cantora é artista que mais possui vitórias na premiação, mas nunca venceu a categoria principal, de "Melhor Álbum do Ano"
Artista mais premiada da história do Grammy, principal premiação da indústria da música, a cantora Beyoncé nunca venceu a categoria principal do evento, a de “Melhor Álbum do Ano”. Em “Cowboy Carter”, seu novo disco de estúdio, a estrela abordou o fato.
Beyoncé lançou seu oitavo álbum de estúdio na sexta-feira (29). Em uma das faixas, “Sweet Honey Buckiin”, a cantora abordou a relação que tem com o Grammy usando a sigla “A.O.T.Y”, de “Album of the Year” (“Álbum do ano”, em tradução para o português).
“A-O-T-Y, eu não ganhei. Eles não me afetam. Enfrentei essa p*rra de cabeça erguida. Voltei e botei pra f*der com as letras”, diz ela, na canção.
Beyoncé concorreu quatro vezes ao prêmio de Álbum do Ano, com “I Am… Sasha Fierce” (2008), “Beyoncé” (2013), “Lemonade” (2013) e “Renaissance” (2022).
Em fevereiro deste ano, durante o Grammy 2024, o rapper Jay-Z, marido da artista, também falou sobre Beyoncé ser “esnobada” na categoria principal.
“Eu não quero constranger essa jovem senhora, mas ela tem mais Grammy do que qualquer um, o álbum número 1 do ano. Então, mesmo por essa métrica, isso não faz sentido”, criticou Jaz-Z, com quem Beyoncé é casada desde 2008.
“Pensem, maior vencedora de Grammys e nunca ganhou Álbum do Ano. Isso não funciona”, afirmou. “Quando estou nervoso, falo a verdade”, disse.
Cowboy Carter
“Cowboy Carter” reúne 27 faixas e parcerias com Miley Cyrus, Post Malone e Willie Nelson, além de covers das canções clássicas “Jolene”, de Dolly Parton, e “Blackbird”, dos Beatles.
O novo álbum também conta com um sample brasileiro de funk na faixa “Spaghettii”. O trecho utilizado vem da canção “Aquecimento das Danadas”, produzida pelo DJ O Mandrake com participação do DJ Xaropinho.
O álbum é uma mistura de sons que Beyoncé adora e cresceu ouvindo, entre visitas e eventualmente performances no Houston Rodeo – Country, Rhythm & Blues original, Blues, Zydeco e Black Folk.
“A alegria de criar música é que não há regras,” disse Beyoncé em comunicado enviado à imprensa. “Quanto mais vejo o mundo evoluindo, mais sinto uma conexão mais profunda com a pureza. Com inteligência artificial, filtros digitais e programação, eu queria voltar aos instrumentos reais, e usei alguns muito antigos.”
“Eu não queria algumas camadas de instrumentos como cordas, especialmente guitarras e órgãos perfeitamente afinados. Mantive algumas músicas cruas e mergulhei no folclore. Todos os sons eram tão orgânicos e humanos, coisas do dia a dia como o vento, estalos e até o som de pássaros e galinhas, os sons da natureza”, complementou ela.
“Acho que as pessoas vão ficar surpresas porque não acho que este álbum seja o que todos esperam, mas é a melhor música que já fiz”, finalizou a estrela.