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    “Barbie”: veja os 33 filmes clássicos que inspiraram a cineasta Greta Gerwig

    Diretora do live-action da boneca da Mattel revelou em entrevista as obras cinematográficas que tiveram grande influência na construção da Barbie Land

    Nicoly Bastoscolaboração para a CNN

    São Paulo

    Greta Gerwig, diretora do live-action de “Barbie”, buscou fazer jus à espera grandiosa pelo filme e se inspirou em 33 filmes clássicos para dar o tom da obra e ajudá-la no roteiro original da boneca da Mattel, escrito pela cineasta em parceria com o marido, Noah Baumbach.

    Em entrevista ao canal de Youtube do “Letterboxd”, Greta Gerwig trouxe cada um dos filmes que a influenciou para fazer “Barbie”, seja na narrativa, na construção do cenário, ou em sua própria direção.

    Todas as obras citadas foram feitas no século 20 e a lista da diretora compõe grandes clássicos do cinema como “O Mágico de Oz”, “Cantando na Chuva” e “2001 – Uma Odisseia no Espaço”.

    Os filmes abrangem gêneros e décadas diferentes do século passado, mas são compostos em sua maior parte por grandes musicais. Apesar disso, Greta já avisa: “[‘Barbie’] É um filme movido pela música, mas não significa que é um musical”.

    Confira os 33 filmes essenciais para a formação do mundo de Barbie – e o que Greta Gerwig tem a dizer sobre os principais deles.

    “O Mágico de Oz” (1939)

    “O Mágico de Oz” foi inspiração para Greta Gerwig na construção de Barbie / Divulgação

    “Fez algo que eu queria igualar, que são esses céus pintados e a sensação de artificial, que eu acho muito bonito e emocionante. Penso no cenário pintado da Cidade das Esmeraldas enquanto eles se dirigem a ela. Em nosso filme, temos a estrada de tijolos rosa em vez da estrada de tijolos amarelos de Oz. E também temos belos cenários pintados de horizontes da Barbie. Nós executamos como eles teriam feito nos musicais dos anos 30, 40 e 50”, diz Greta.

    Ela também se inspirou no final de “O Mágico de Oz” para o final de “Barbie”: “E quero dizer, mesmo no final do nosso filme, que eu não quero revelar nada, mas eu sempre amei o final onde há, tipo, uma espécie de cerimonial. Eles vão até cada pessoa e todos tem o seu final. E eu meio que queria fazer esse tipo de coisa”.

    “Os Guarda-Chuvas do Amor” (1964)

    “É um filme incrível e surpreendentemente bonito. Adoro o uso de cores e o tipo de surrealismo nas cores, esse foi o principal. Como filmar muitas cores juntas e não sobrecarregar a cena”, conta Greta.

    “Duas Garotas Românticas” (1967) e “O Segredo Íntimo de Lolla” (1969)

    “Tentei não fazer todos os filmes de Jacques Demy. Ele só faz esses mundos incríveis, que operam de acordo com suas próprias regras, que foi o que eu estava tão interessada. Filmes simplesmente deliciosos”, revela a diretora.

    “An American in Paris” (1951)

    “An American in Paris” foi inspiração para Greta Gerwig na construção de Barbie / Divulgação

    “Escolhi ‘An American in Paris’ por muitas razões, mas a abertura principalmente, ele mora em um apartamento minúsculo e tudo se encaixa em todo o resto. E havia algo tão satisfatório em vê-lo cumprir sua rotina matinal. Mesmo que a Barbie tenha muito mais espaço, eu pensei, ‘Esta é uma ótima abertura.’ E então eles têm Leslie Coron em uma cena muito gráfica e bonita contra uma sala totalmente roxa depois uma sala totalmente verde, e ela está apenas passando seu dia. Apenas surreal.”

    “Cantando na Chuva” (1952)

    “Cantando na Chuva” foi inspiração para Barbie / Divulgação

    Afirmando ser seu filme favorito, Greta Gerwig deu atenção especial ao balé dos sonhos, que existe no filme.

    “Por muitas razões. Há tantas coisas boas em ‘Cantando na Chuva’, mas há o balé dos sonhos dentro do balé dos sonhos que é uma das coisas mais incríveis, lindas e completamente desequilibradas que eu já vi. Havia essa cena com Cyd Charisse dançando, e ela tinha aquele longo cachecol branco que flutuava. Era assim que queríamos modelar o balé do Ken”.

    “Os Sapatinhos Vermelhos” (1948)

    “Há coisas de ‘The Red Shoes’ em todo o filme. Há uma cena dela caminhando até aquela casa, que eu queria que parecesse assim quando Barbie caminha até a casa da Kate. Ryan Gosling usa um par de óculos que são como os óculos que o diretor usa. E a teatralidade, as cores e a maneira como nunca fingiu ser outra coisa senão um palco sonoro, gosto dessa artificialidade autêntica”. expressa a diretora.

    “Neste Mundo e no Outro” (1946)

    “É inventivo e teatral e também cinematográfico. E eles fazem tantas coisas na câmera, as construções são extraordinárias. O céu, onde eles têm aqueles círculos com todo mundo olhando é tão deslumbrante. E então coisas congelam no filme, eles colocam a bola de pingue-pongue em uma corda para que sejam apenas pessoas paradas, o que é uma presunção maravilhosa, coisas assim. A inventividade é tão grande. E pensei muito sobre a iluminação desse filme também”, diz a cineasta.

    “All That Jazz – O Show Deve Continuar” (1979)

    “All That Jazz” foi inspiração para Barbie / Divulgação

    “É uma obra-prima. Toda a sequência de audição dos dançarinos no começo é uma das minhas sequências favoritas, depois tem a Jessica Lange e os Deuses. E então eles estão em um set e falando sobre a vida deles e combina com a frase da Barbie ‘Vocês já pensaram sobre morrer?'”, comenta.

    “O Céu Pode Esperar” (1978)

    “Uma coisa que eu amo nesse filme é o conceito extremamente elevado, mas sempre humano. Não há nada nele que faça você se sentir distante do filme. Embora de certa forma pareça meio maluco, funciona e é simplesmente lindo”, diz ela.

    “Oklahoma!” (1955)

    “Oklahoma” foi inspiração para Barbie / Divulgação

    “O balé dos sonhos em ‘Oklahoma’ é um extraordinário balé dos sonhos. Coreografado por Agnes de Mille, simplesmente isso.”

    “Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos” (1988)

    “Simplesmente as cores, a maneira como o filme sobrepõe as cores.”

    “2001 – Uma Odisseia no Espaço” (1968)

    “2001 – Uma Odisseia no Espaço” foi inspiração para Barbie / Divulgação

    “Acho que todos sabemos o porquê”, diz Greta. Ela se baseou em clássica cena do filme para apresentar a primeira Barbie criada, o jogo de câmeras busca se igualar ao clássico de 1968. A cena foi responsável por ser o primeiro teaser do live-action e provocou burburinho nas redes sociais, onde os usuários enalteciam a semelhança.

    “His Girl Friday” (1940)

    “Por causa da rapidez que eles falam. É um dos melhores filmes falados de todos os tempos.”

    “Tempos Modernos” (1935)

    “Por todo o tipo de humor do filme, é claro. Isso foi incorporado à Barbie”, diz a cineasta.

    “O Show de Truman” (1998)

    “O Show de Truman” foi inspiração para Barbie / Divulgação

    “Porque é incrível. Eu assisti de novo antes de fazer este filme e Peter Weir muito generosamente ligou para mim antes de começar a filmar, e ele conversou comigo por um longo tempo sobre como ele fez esse filme funcionar. Eles filmaram a céu aberto, mas penduraram luzes para que parecesse que estava em um estúdio. E ele me disse: ‘Eu não sugiro isso. Estava muito quente'”, revela.

    “Os Embalos de Sábado à Noite” (1977)

    “Os Embalos de Sábado À Noite” foi inspiração para Barbie / Divulgação

    “Sempre tive a sensação de querer que este fosse um filme com uma trilha sonora incrível. E esse filme obviamente tem essa trilha sonora incrível de Bee Gees.”

    Os outros filmes citados por Greta durante a entrevista são: “O Poderoso Chefão” (1972), “Splash” (1984), “Meu Tio” (1958), “Playtime” (1967), “Grease” (1978), “As Grandes Aventuras de Pre-Wee” (1985), “Contatos Imediatos do Terceiro Grau” (1987),  “Desejos Proibidos” (1953), “Asas do Desejo” (1987), “E la nave va” (1983), “Janela Indiscreta” (1954), “O Terror das Mulheres” (1961), “Suprema Conquista” (1934), “Mordedoras de 1935” (1935), “Núpcias de Escândalo” (1940) e “The Bee Gees: How Can You Mend a Broken Heart” (2020).