Ator que substituiu Johnny Depp se destaca no novo “Animais Fantásticos”
Mads Mikkelsen é o vilão Gellert Grindelwald, que quer travar uma guerra contra os trouxas em "Os Segredos de Dumbledore"
Apesar do subtítulo atraente, “Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore”, o terceiro filme de J.K. Rowling da franquia, mais parece uma introdução para um filme melhor que ainda está para se materializar.
Fazendo uma retrospectiva, a autora deveria ter mesmo é canalizado seus esforços da sequência de Harry Potter em uma série mais limitada, e não em dois filmes onde o ritmo lento dita a história.
Em teoria, um filme do “jovem Dumbledore” resolveria algumas das deficiências de “Animais Fantásticos”, fornecendo uma âncora mais dinâmica do que o tímido e hesitante Newt Scamander (Eddie Redmayne).
Além disso, a autora adicionou mais ajuda desta vez, em parceria não apenas com o diretor David Yates, mas com o co-roteirista Steve Kloves, outro veterano da franquia “Harry Potter”.
Ainda assim, o enredo gira essencialmente em torno de Dumbledore (Jude Law), em virtude de seu vínculo romântico com o malvado Gellert Grindelwald (Mads Mikkelsen, habilmente substituindo Johnny Depp), que – de maneira autoritária clássica – pretende dominar o mundo mágico e travar uma guerra contra os trouxas.
Como Dumbledore não pode confrontar Grindelwald e seus lacaios diretamente, ele deve recrutar não apenas Newt, mas um grupo eclético de bruxos e bruxas, bem como o amigo trouxa de Newt, Jacob (Dan Fogler).
Mas, além do papel aprimorado de Jessica Williams como Eulalie “Lally” Hicks – que ostenta um sotaque de gângster dos anos 1940 que leva algum tempo para a gente se acostumar -, eles são um grupo bastante indescritível.
O mais recente “Animais Fantásticos” se desenrola sem grande senso de urgência, mostrando uma série de aventuras e desvios em direção a um confronto antecipado para frustrar os planos de Grindelwald.
Tendo interpretado vilões em filmes de James Bond, Marvel e agora Harry Potter, Mikkelsen de destaca como uma das grandes surpresas da franquia, quando ele zomba: “Com ou sem você, eu vou queimar o mundo deles”. Assim, ele introduz uma sensação de ameaça que supera quase tudo no filme.
No entanto, mesmo com essa contribuição e o design da produção com seus efeitos caracteristicamente impressionantes, “Animais Fantásticos” dificilmente ganha vida.
O verdadeiro passo em falso pode ter ocorrido quando a Warner Bros. deixou Rowling delinear um formato de cinco filmes, em oposição a no máximo uma trilogia mais convencional – embora a “Variety” tenha divulgado que o quarto e o quinto filmes podem depender de como os “Segredos de Dumbledore” se sairá nas bilheterias.
Seja qual for o veredicto comercial, o filme entrega uma mistura que deixa com gosto de quero mais.
Como “Os Crimes de Grindelwald”, “Os Segredos de Dumbledore” é bem feito, mas no final das contas não empolga. E o enredo atraente novamente nos leva a um filme menos que mágico.