Após recorde no Grammy, Beyoncé reverencia pioneira negra do country
Cantora celebrou a indicação de Linda Martell por "Spaghettii", música em que as duas cantam com Shaboozey
A cantora Beyoncé, 43, parabenizou Linda Martell por sua indicação ao Grammy Awards na sexta-feira (8). A pioneira negra do country concorre com “Spaghettii”, música em que está creditada com a voz de “Crazy In Love” e Shaboozey, à categoria de Melhor Performance de Rap Melódico.
A recordista de indicações de toda a história do Grammy Awards compartilhou uma imagem de Linda Martell no Instagram e reverenciou o legado da cantora no country.
“Parabéns à minha rainha Linda Martell por sua indicação e por sua contribuição à música country”, escreveu Beyoncé na legenda.
Quem foi Linda Martell?
Nascida como Thelma Bynem na Carolina do Sul em 1941, a cantora Linda Martell enfrentou tremendas dificuldades na década de 1960, quando tentou conquistar sucesso na música country enquanto mulher negra.
Ao crescer no Sul segregado dos Estados Unidos, Martell cantou música soul e R&B. Quando tentou expandir seus gêneros musicais para o country, ela encontrou tanto racismo quanto resistência.
“Enquanto você cantava, eles iriam gritar nomes e você sabe os nomes que eles iriam usar para se referir a você”, disse ela em entrevista à Rolling Stone em 2020.
William “Duke Rayner”, que cuidava de uma loja de móveis, ouviu que Martell fazia alguns covers de música country e a conectou com Shelby Singleton Jr., que trabalhou na indústria musical e que tinha ideias progressivas na época.
“Ritmo e blues [R&B] e música country são os tipos de música mais paralelas que existe”, Singleton dizia. “É o trabalho das pessoas que faz com que as pessoas escutem os dois.”
O trio trabalhou rapidamente. Em questão de dias com Singleton, Martell completou o álbum com um cover de “Color Him Father”, dos The Winston. A faixa chegou até a 22ª posição das paradas de música country.
“Música country conta uma história”, Martell disse à Rolling Stone. “Quando você escolhe uma música e consegue sentir isso, é isso que me fez me sentir bem sobre o que eu estava cantando. Eu fiz um monte de músicas country e eu amei cada uma delas – porque elas contam uma história.”
*Com informações da CNN Internacional
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