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    Apenas 38% dos filmes possuem protagonistas mulheres, diz estudo

    Em contraponto, levantamento ainda mostra que homens representaram 62% dos personagens principais em 2023

    Personagens femininas em "Barbie"
    Personagens femininas em "Barbie" Divulgação/Warner Bros.

    Ana Beatriz Diasda CNN

    São Paulo

    Um estudo realizado pelo It’s a Man’s (Celluloid) World apontou que a igualdade de gênero no cinema teve uma queda em 2023. Apesar do estrondoso sucesso de filmes como “Barbie”, entre 100 filmes lançados no ano passado, 77% deles tiveram mais homens do que mulheres em papéis com diálogos.

    O relatório realizado pela Dra. Martha Lauzen, diretora executiva do Centro para o Estudo das Mulheres na Televisão e no Cinema da San Diego State University, ainda apontou que apenas 18% dos filmes tinham mais personagens femininas do que masculinas e somente 5% dos filmes apresentava números iguais de personagens em ambos gêneros.

    Vale ainda mencionar que segundo o estudo, a porcentagem de filmes de maior bilheteria nos EUA com únicas protagonistas femininas diminuiu de 33% em 2022 para 28% em 2023. Em 2023, as mulheres representavam 38% dos personagens principais, enquanto os homens representavam 62% dos personagens principais.

    O número chama atenção já que as mulheres representam apenas um pouco menos da metade da população mundial. De acordo com a pesquisa “World Population Prospects 2022” – “Projeção da População Mundial”, em tradução livre – da ONU, globalmente, o mundo conta com 50,3% de homens e 49,7% de mulheres.

    Outro dado que é importante citar é que a idade também é fundamental para esse número. De acordo com o estudo, a porcentagem de personagens femininas despencou à medida que passaram de
    dos 30 (33%) aos 40 (15%), enquanto o número de personagens masculinos nestas idades mantiveram-se estáveis ​​em 28%.

    Apesar das atuações de alto nível de Jane Fonda, Diane Keaton, Rita Moreno e outras atrizes, mulheres com mais de 60 anos permaneceram com apenas 7% de todas as personagens femininas, bem
    abaixo da porcentagem de mulheres nesta faixa etária na população dos EUA.

    Entretanto, nem tudo é negativo: quando se trata de raça e etnia, a porcentagem de personagens asiáticas cresceu de 8,1% para 9,2%, enquanto de nativas americanas foi de 0 a 0,6%. A porcentagem de mulheres brancas caiu de 64,2% para 56,9%, mas de negras, também, de 18% para 15,3%.

    Por fim, mas não menos importante, a pesquisa citou que em filmes com pelo menos uma diretora e/ou escritora, as mulheres representavam 48% de protagonistas. Um caso que exemplifica isso é “Barbie”, dirigido por Greta Gerwig e produzido e estrelado por Margot Robbie. Outro caso é “Priscilla”, filme de Sofia Coppola.

    Já em longas com diretores e/ou roteiristas exclusivamente masculinos, as mulheres representaram 19% dos protagonistas.

    Além disso, em filmes liderados por mulheres, as personagens principais foram representadas em 48%. Porém, em longas encabeçados por homens, as mulheres representavam 33% dos papéis principais.