Antonio Cicero, poeta e imortal da ABL, morre aos 79 anos
Escritor e letrista da MPB estava na Suíça quando morreu nesta quarta-feira (23)
O escritor e poeta carioca Antonio Cicero morreu nesta quarta-feira (23) aos 79 anos. A informação foi confirmada à CNN pela Academia Brasileira de Letras (ABL).
Cicero era integrante da ABL desde 2017, quando foi eleito para a comissão em 10 de agosto.
O escritor, que tinha Alzheimer, teve morte assistida. Após o procedimento, o poeta será cremado.
Em seu perfil no Instagram, a irmã do poeta e cantora Marina Lima fez uma publicação confirmando a morte.
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A informação também foi confirmada pelo companheiro de Cicero, Marcelo Fies. Em mensagem, ele disse que os dois foram à Paris para “nos despedir da cidade que ele tanto admirava”.
Quem foi Antonio Cicero?
Segundo informações disponíveis no site da Academia Brasileira de Letras, Antonio Cicero Correio Lima nasceu no Rio de Janeiro em 6 de outubro de 1945.
Irmão da cantora Marina Lima, Antonio Cicero foi o responsável por escrever sucessos da irmã como “Fullgás”, “Pra Começar” e “À Francesa”, em co-autoria.
Durante sua carreira, Cicero também fez parcerias com nomes como João Bosco, Orlando Morais, Adriana Calcanhotto e Lulu Santos. Entre seus sucessos, também está “O Último Romântico”, de Lulu, que foi lançado em 1984.
Em 10 de agosto de 2017, ele foi eleito para a cadeira de número 27 da Academia Brasileira de Letras, substituindo Eduardo Portella. Ele tomou posse em 16 de março de 2018.
Ao longo de sua carreira, Cicero publicou quatro livros de poesia: “Guardar” (Editora Record, 1996), “A cidade e os livros” (Editora Record, 2002), “Livros de sombras: pintura, cinema e poesia” (2010) e “Porventura” (Editora Record, 2012).
O acadêmico, formado em filosofia, ainda publicou três ensaios: “O mundo desde o fim” (Francisco Alves, 1995), “Finalidades sem fim” (Companhia das Letras, 2005) e “Poesia e filosofia” (Civilização Brasileira, 2012).