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    America Ferrera faz relato comovente: “Passava o dia com fome na escola”

    A atriz compartilhou memórias vulneráveis sobre sua infância em entrevista

    Bang Showbiz

    A atriz, 39, que conquistou sucesso ao protagonizar a série “Betty, a Feia”, cresceu como uma das seis filhas de uma mãe solo, e relembrou que, embora não tivesse real dimensão da situação financeira desfavorável de sua família na época, ela sente que foi “marcada” pelas vezes em que sentiu fome na escola.

    “Uma das memórias mais vulneráveis do passado é que minha mãe foi mãe solteira, durante a maior parte da minha infância, e eu era a mais nova entre seis filhos. Era imprevisível e nós passamos dificuldades. Lembro-me da quinta série… Eu nem tinha plena compreensão dos fatos e tinha vergonha de perguntar, mas basicamente passei todo o quinto ano indo para a escola sem almoço e passava o dia escolar com fome. Essa é uma experiência que molda você quando criança, quando você vivencia na pele o que significa estar em uma circunstância diferente das pessoas ao seu redor”, desabafou a atriz, em entrevista ao programa “Woman’s Hour”, da BBC Radio 4.

    A estrela de “Barbie“, filha de imigrantes hondurenhos, relatou ter se sentido confusa por crescer na época em que o “sonho americano” prometia “igualdade e liberdade”, enquanto, na prática, ela passava por uma experiência que não correspondia ao que lhe foi prometido.

    “Você não se sente necessariamente como uma espécie diferente, mas é o que está enfrentando mesmo assim. Ao ser ensinada que existe igualdade e liberdade, acreditei profundamente no sonho americano e na promessa dos EUA, porque era isso que eu tinha sido instruída a acreditar, não apenas pelos meus pais imigrantes, mas pela minha educação. Contudo, não demorou muito para que tudo começasse a parecer confuso”, compartilhou Ferrera.

    “Acredito que eu estava na terceira série quando houve uma votação na Califórnia que essencialmente aboliria o acesso de famílias indocumentadas [sem visto] a serviços públicos, incluindo crianças em escolas primárias. Lembro-me de minha mãe me puxando para o lado antes da escola e dizendo: ‘Se alguém vier perguntar de onde você é, você não fez nada de errado, não precisa ter medo. Você nasceu neste país’. Eu era muito jovem e não entendia! Eu era muito jovem quando tive ciência da minha identidade e mantive a sensação de que existe justiça e igualdade, mas estava vivenciando uma experiência que não correspondia àquilo, por isso tomei consciência das coisas, porque era necessário”, finalizou.

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