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    Adele e Rihanna: façam novas músicas para nos salvar de 2020

    A música acalma as feras, e este foi um ano bem feroz. Então seria ótimo ouvir os novos discos de alguns artistas que, bem, estamos esperando há algum tempo

    Análise de Lisa Respers France, da CNN

    Considere isso mais como um pedido do que uma reclamação.

    Todos sabemos que 2020 não foi o melhor ano (para dizer o mínimo, porque este é um texto para toda a família). E bem que estamos precisando de uma forcinha.

    A música acalma as feras, e este foi um ano bem feroz. Então seria ótimo ouvir os novos discos de alguns artistas que, bem, estamos esperando há algum tempo.

    Gente como…

    Adele

    Muitos vivas para a cantora por comandar o programa Saturday Night Live neste fim de semana, porque qualquer aparição de Adele é uma coisa linda.

    Mas um novo álbum seria como colírio para os olhos diante tudo o que temos visto em 2020. Estamos torcendo para que a apresentação de Adele no SNL seja o impulso que falta para lançar novas músicas. Afinal, o álbum 25 foi lançado há cinco anos.

    Aliás, ela está bem ciente de nossa ansiedade. Em junho, a cantora respondeu a um de seus muitos seguidores nas redes sociais, que perguntou se uma nova música estava para sair. “Claro que não. O corona ainda não acabou”, disse Adele. “Estou em quarentena. Use máscara e seja paciente”.

    Rihanna

    Ela é outra artista que há muito tempo recebe pedidos dos fãs por novas músicas.

    O último álbum de Rihanna foi Anti, lançado em 2016.

    É verdade que ela anda um pouco ocupada construindo seu império de moda e beleza chamado Fenty (bem como lidando com algumas reações indesejadas), mas quatro anos é muito tempo para esperar por novas músicas. E sua participação no single Believe It do rapper PartyNextDoor, lançado no início deste ano, não foi nada mais do que uma provocação.

    Kendrick Lamar: Primeiro rapper a ganhar um Prêmio Pulitzer, Lamar tem muitos seguidores, além de vários prêmios.

    Assim, é óbvio que as pessoas estejam ansiosos para que ele lance um novo disco depois do álbum de estúdio Damn, de 2017. Ele aguçou nossos sentidos ao produzir e fazer a curadoria da trilha sonora de Pantera Negra, de 2018. Mal podemos esperar pelo próximo lançamento.

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    Sade

    Tecnicamente, Sade é o nome da banda da vocalista Sade Adu.

    Ela é uma das poucas artistas que pode sumir da face da Terra e voltar anos depois e receber tanta aclamação quanto antes.

    Eu tive que incluir Sade porque ela fez intervalos de dez anos entre lançar álbuns de estúdio, como Lovers Rock em 2000 e Soldier of Love em 2010, então está na hora.

    Kacey Musgraves

    A queridinha do country não nos fez esperar tanto quanto outros artistas por novas músicas, mas dado o sucesso de crítica de Golden Hour de 2018, que ganhou o Grammy de álbum do ano, estamos com saudades e queremos mais além do disco “The Kacey Musgraves Christmas Show” do ano passado.

    Parece que Musgraves sente nosso anseio. Ela disse ao site The Boot em janeiro passado: “A depressão pós-criação é real, eu acho. Mas sempre podemos cantar essas músicas. O capítulo não está no fim. Seguimos em frente para que novas coisas tragam a mesma inspiração”.

    Bem que estamos precisando de um arco-íris no horizonte hoje em dia [em alusão à música “Rainbow”, de autoria de Musgraves].

    Duas coisas para assistir:

    O próximo convidado dispensa apresentação com David Letterman

    A terceira temporada da série de entrevistas de David Letterman traz Dave Chappelle, Robert Downey Jr., Lizzo e Kim Kardashian West.

    A lista de convidados por si só já vale a pena, mas o bônus é poder ver Kim Kardashian West emocionada, Chappelle (que raramente concede entrevistas), Downey Jr. sendo irreverente e uma jam session com Lizzo.

    A nova temporada está disponível na Netflix.

    Emily em Paris

    Eu sinto muita falta de viajar, então agradeço muito minha colega Chloe Melas por me apresentar essa série leve e divertida.

    Nela, a executiva de marketing de Chicago, Emily Cooper, interpretada por Lily Collins, se muda para a Cidade Luz, onde ela “abraça uma nova vida de aventuras enquanto faz malabarismos entre trabalho, amigos e romances”. Claro, alguns críticos dizem que a série é um retrato irreal da vida parisiense. Mas uma série leve e escapista pode ser a coisa mais próxima das férias que a maioria de nós terá no futuro próximo.

    Emily in Paris está disponível na Netflix.

    Duas coisas para ouvir:

    Eles ainda têm o direito de comemorar.

    Os membros sobreviventes dos Beastie Boys, Michael “Mike D” Diamond e Adam “Ad-Rock” Horovitz, lançaram um álbum de seus maiores sucessos na sexta-feira (23).

    Beastie Boys Music incluirá 20 faixas clássicas do grupo de hip-hop, incluindo Paul Revere e No Sleep Till Brooklyn. O membro Adam “MCA” Yauch morreu de câncer aos 47 anos em 2012.

    O último álbum de Bootsy Collins, “The Power of the One”, com certeza elevará os ânimos.

    Nada tem mais suingue do que Bootsy Collins.

    Seu último álbum, “The Power of the One”, inclui colaborações com nomes como Snoop Dogg e o saxofonista Branford Marsalis, embora a pandemia esteja impedindo jam sessions no momento.

    “Acho que não dávamos muito valor à liberdade que tínhamos, de estar juntos e fazer coisas juntos”, disse Collins à revista “Rolling Stone”. “Não ter isso agora fez com que todos percebessem o que podemos perder”.

    O álbum foi lançado na sexta-feira (23).

    Uma coisa para se falar

    Adorei este artigo (em inglês) da minha colega da CNN, Sandra Gonzalez, sobre como a televisão está lidando com o público dos estúdios em meio à pandemia.

    Quanto mais dura a crise da Covid-19, mais longe parece que estamos de “voltar ao normal“. É aí que entra o público virtual e as trilhas de risadas, também conhecidas como “claques”.

    Ao assistir programas como The Voice e American Idol, que tiveram de se virar para manter todo mundo seguro, descobri que eles continuam divertidos. Na verdade, eles agora parecem MAIS reais, porque todos nós tivemos que mudar nossa maneira de trabalhar e de viver.

    E, sentada em segurança na casa que tenho a sorte de chamar de lar, fico mais grata do que nunca porque o show tem que continuar – e continua.

    Algo para explorar:

    Ao assistir a série documental em quatro partes “Seduced: Inside the Nxivm Cult”, no ar no canal norte-americano Starz, me lembrei de como a condição humana pode ser muito humana.

    Contando a história da ascensão e queda do grupo que se autodenominava uma organização de autoajuda através dos olhos da ex-membro India Oxenberg, a série chega ao cerne de como milhares de pessoas se envolveram com a seita Nxivm.

    Oxenberg é filha da estrela da série “Dinastia”, Catherine Oxenberg, e descendente da realeza europeia. Ela se juntou ao grupo quando jovem. Seu fundador, Keith Raniere, foi posteriormente condenado por tráfico sexual, extorsão, exploração sexual de crianças, conspiração de trabalho forçado e outros crimes.

    Alguns dos participantes da série falam em simplesmente querer encontrar um propósito e significado no que acabou se tornando um pesadelo para eles.

    Querer ser uma versão melhor de nós mesmos e viver em um mundo melhor é uma busca com a qual muitos de nós conseguimos nos identificar, e a série me ajudou a ver como pode ser fácil perder o rumo.

    Afinal, estamos apenas tentando passar por tudo isso, não?

    (Texto traduzido, clique aqui para ler o original em inglês).

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