Bomba atômica e “The Big Bang Theory”: 8 curiosidades sobre o Caltech
O Instituto de Tecnologia da Califórnia também é famoso pelo processo seletivo rigoroso, pelas parcerias com a Nasa e pelas pegadinhas criativas
Fundado em 1891, o Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia, em português) é uma das universidades mais prestigiadas do mundo, especialmente nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Localizada em Pasadena, a instituição é conhecida pelo rigor acadêmico, pesquisas inovadoras e uma comunidade de estudantes e professores altamente qualificada.
Instituições como a Nasa mantém parcerias constantes com seus pesquisadores, e muitas das inovações que saem de seus laboratórios impactam diretamente diversos setores da sociedade — não só nos Estados Unidos.
Além das pesquisas e descobertas científicas, a universidade é repleta de tradições, histórias e impacto cultural. A CNN reuniu algumas informações e curiosidades sobre o Caltech, que vão além da excelência acadêmica. Confira:
Atuação nas grandes guerras
Durante a Primeira Guerra Mundial, no começo do Século 20, O Caltech ofereceu suporte científico à atuação militar dos Estados Unidos. Na Segunda Guerra, essa atuação se expandiu, com a faculdade servindo de escola de engenharia aeronáutica para a Marinha.
Richard Tolman e Robert Bacher, respectivamente professor e ex-aluno da instituição, trabalharam com Robert Oppenheimer no Projeto Manhattan, que construiu a primeira bomba atômica usada para destruir Hiroshima. A Fat Man, bomba jogada sobre Nagasaki três dias depois, também contou com envolvimento direto do Caltech em seu desenvolvimento.
The Big Bang Theory
O Instituto de Tecnologia da Califórnia é o local onde os personagens Sheldon, Leonard, Howard e Rajesh trabalham. Na série “The Big Bang Theory” são abordadas as salas de aula, a cafeteria e os laboratórios e alguns episódios foram realmente filmados na instituição.
Outras séries que também tiveram personagens que se relacionam com a universidade e contaram com episódios gravados no Caltech foram a comédia “Modern Family” e o drama “Numb3rs”.
Ex-aluno na Lua
Harrison Schmitt entrou para a história como o único cientista geólogo a caminhar na Lua. Schmitt se formou em geologia pelo Caltech e, anos depois, foi selecionado pela Nasa para fazer parte da missão Apollo 17, a última a levar astronautas à superfície lunar, em dezembro de 1972.
Durante a expedição, Schmitt coletou amostras de solo e rochas lunares que ajudaram a aprofundar o conhecimento sobre a formação do satélite natural da Terra.
Já foi a melhor universidade do mundo
No atual ranking da Times Higher Education, o Caltech aparece como a sétima melhor universidade do mundo. Porém, em 2016, a instituição californiana desbancou Oxford, MIT e Harvard e ocupou a primeira colocação do tradicional ranking.
O Caltech lidera o ranking em 2025 na área de ciências físicas — focando apenas nos cursos de física, química, matemática e estatística. Todos os seis primeiros lugares são ocupados por universidades norte-americanas, sendo Harvard a segunda colocada.
Laboratório de propulsão a jato
O Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), administrado pelo Caltech em parceria com a Nasa, é um dos centros mais avançados do mundo para a exploração espacial robótica. O JPL foi fundado na década de 1930 e desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento dos primeiros foguetes dos Estados Unidos.
Hoje, o laboratório é responsável por diversas missões espaciais icônicas, incluindo os veículos exploradores que trabalham em Marte, além das sondas que investigam os confins do sistema solar, como a Voyager.
Pegadinhas icônicas
Os alunos do Caltech são famosos por suas pegadinhas inteligentes e bem-humoradas, muitas das quais se tornaram lendárias no meio acadêmico. Uma das mais famosas aconteceu em 1987, quando um grupo de estudantes usaram lonas para cobrir trechos do icônico letreiro de Hollywood para que ele exibisse a palavra Caltech.
Outra pegadinha memorável aconteceu no Rose Bowl, um dos tradicionais jogos do futebol americano universitário, em 1961. Os alunos substituíram as placas na arquibancada do Washington Huskies para formar um mosaico com a palavra Caltech, surpreendendo milhares de espectadores na transmissão pela TV.
Processo seletivo rigoroso
Entre programas de graduação e pós, o Caltech conta com menos de 2,5 mil alunos matriculados, sendo então uma das universidades mais seletivas do mundo. O instituto possui um processo de admissão extremamente rigoroso, que busca apenas os estudantes mais talentosos e dedicados.
Em 2023, o Caltech teve uma taxa de aprovação de apenas 2,30%. De mais de 13 mil candidatos, apenas 315 alunos conseguiram se matricular. Além das notas e pontuações em exames padronizados, a univerdidade considera também cartas de recomendação e conquistas em competições científicas.
Rivalidade com MIT
Além das pegadinhas, outra curiosidade divertida sobre o Caltech é a rivalidade com o MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts, em português), uma das mais conhecidas no meio acadêmico.
Um dos trotes mais famosos aconteceu em 2005, quando estudantes do Caltech viajaram até a feira de admissões do MIT. Eles distribuíram camisetas aos futuros alunos com a inscrição “MIT” na frente, mas com a frase escondida “because not everyone can go to Caltech” (“porque nem todos conseguem ir para o Caltech”) nas costas.
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