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    Após demitir 6 mil, Via, dona das Casas Bahia, planeja novos cortes e o fechamento de até 100 lojas

    Anúncio da reestruturação vem somado a um prejuízo líquido de R$ 492 milhões no 2º trimestre de 2023

    Com as mudanças, que também incluem uma alteração no modelo de financiamento do crediário, a empresa espera acrescentar ao lucro antes do imposto de renda (LAIR), mais de R$ 1 bilhão
    Com as mudanças, que também incluem uma alteração no modelo de financiamento do crediário, a empresa espera acrescentar ao lucro antes do imposto de renda (LAIR), mais de R$ 1 bilhão Foto: Divulgação/Via Varejo

    Luiza Palermoda CNN*

    São Paulo

    A Via, dona das Casas Bahia e do Ponto, anunciou na quinta-feira (10), um novo plano de negócios que inclui a redução de até R$ 1 bilhão em estoques neste ano e uma alteração na forma de captação para financiar o crediário.

    Além disso, prevê o fechamento de 50 a 100 lojas até dezembro deste ano.

    O plano também inclui uma nova rodada de demissões no grupo após o corte de 6.000 funcionários em um processo de reestruturação deflagrado no início do ano.

    A reestruturação dos negócios vem somada aos resultados do segundo trimestre de 2023 da companhia, que teve um prejuízo líquido de R$ 492 milhões. O resultado reverte o lucro de R$ 6 milhões apresentado no mesmo período de 2022.

    O Ebitda ajustado foi de R$ 469 milhões, com queda de 32% frente ao reportado de abril a junho de 2022, com margem de 9%, 2,7 pontos porcentuais (p.p.) menor do que um ano atrás. A receita líquida, por sua vez, caiu 2%, chegando a R$ 7,5 bilhões.

    Ao todo, ainda se espera a monetização de ativos de até R$ 4 bilhões em 2023. Serão mais R$ 2,5 bilhões de créditos fiscais que, se o plano correr como o esperado, se tornarão dinheiro para a empresa.

    Soma-se a isso o R$ 1 bilhão pretendido com a liberação de estoques e mais R$ 500 milhões em vendas de imóveis e outros ativos.

    Em conferência com analistas nesta sexta-feira (11), o presidente da Via, Renato Horta Franklin, afirmou que espera capturar a partir de dezembro quase a totalidade dos benefícios de seu novo plano de negócios.

    Segundo Franklin, a previsão não inclui a migração do financiamento do crediário para Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC), que exigirá mais tempo, afirmou.

    *Sob supervisão de Ana Carolina Nunes. Com informações de Reuters e Estadão Conteúdo 

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