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    Veja o preço dos 10 SUVs mais baratos do Brasil após o fim do pacote de incentivo do governo

    Com desconto de mais de R$ 10 mil durante o programa, os utilitários foram os modelos que mais registraram emplacamento em junho deste ano

    Volkswagen T-cross foi um dos SUVs mais vendidos no mes de junho (2.004 unidades)
    Volkswagen T-cross foi um dos SUVs mais vendidos no mes de junho (2.004 unidades) Divulgação

    Diego Mendesda CNN

    São Paulo

    O programa do governo federal de incentivo à indústria automobilística propôs retomar a produção de carros populares e conceder descontos a veículos com preços de até R$ 120 mil.

    Diversas montadoras reduziram os valores de seus SUVs também dos modelos que superaram o teto do preço estabelecido, com descontos acima de R$ 10 mil.

    Segundo levantamento da JATO Dynamics, o segmento SUVs — que são utilitários como o T-Cross, da Volkswagen, e o Tracker, da Chevrolet — foi o que mais registou emplacamento no Brasil em junho de 2023.

    Ao todo, foram 61.871 emplacamentos, 3,5% a mais do que o mesmo mês do ano passado.

     

    Para comparação, os carros hatchs, que são os mais vendidos no país — como o Chevrolet Onix e Volkswagen Polo — tiveram 53.078 emplacamentos.

    Os sedãs — como o Fiat Cronos e o Volkswagen Virtus — registraram 18.644 emplacamentos.

    Um levantamento da KBB (Kelley Blue Book) encomendado pela CNN mostrou como estão os preços dos 10 SUVs mais baratos do Brasil após o fim do pacote de incentivo do governo federal.

    Confira:

    Cenário do segmento SUVs

    Comparando com o ano passado, os SUVs chegaram a registrar queda de até 17% no preço, aponta o levantamento da KBB.

    Segundo Rafael Sellinas, coordenador de pesquisa da JATO Dynamics do Brasil, de maneira geral, alguns fatores contribuem para a redução de preços dos veículos.

    “Um deles é o excesso de estoque das montadoras e concessionárias, gerado pelo aumento da produção após diversas paralisações para atender a uma demanda reprimida do mercado, gerada pela pandemia e falta de componentes.”

    Sellinas cita o aumento dos juros e a dificuldade de acesso ao crédito como pontos que também impactaram o setor.

    O cenário econômico fez com que as montadoras tivessem que conceder bônus mais generosos nos últimos meses, a fim de escoar as unidades remanescentes do ano anterior.

    Esse movimento gerou um desequilíbrio nos preços entre zero quilômetros e seminovos, que acaba sendo ajustado pelo próprio mercado.

    Para o segmento SUV, essa dinâmica tem um impacto ainda maior, já que representa 50% da oferta dos automóveis de passeio novos.

    “E essa predominância tem alguns motivos, visto que os modelos desse segmento são bastante procurados pelos consumidores”, diz Sellinas.

    “São mais bem equipados, possuem maior robustez para enfrentar as desafiadoras ruas e avenidas brasileiras e, também, podemos mencionar um certo status conferido a quem os dirige.”

    Veja também: Como a queda no desemprego impacta na política econômica