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    Taxa de juros dos EUA deve voltar a subir até o fim do ano, dizem especialistas

    Em coletiva, Powell reforçou que as decisões do Banco Central irão continuar se ajustando à atividade econômica do país

    Da CNN

    Após a decisão do Comitê de Política Monetária (Fomc) do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, de interromper o ciclo de alta da taxa de juros nesta quarta-feira (14), especialistas avaliam que o ciclo de aperto nos juros americanos pode ser retomado nas próximas reuniões.

    “O dot-plot, gráfico de pontos com projeções econômicas, indica altas nos juros. Além disso, as declarações de Jerome Powell corroboram esse tom austero do comunicado. Portanto, devemos ter mais altas ao longo dos próximos meses”, afirma Antonio van Moorsel, estrategista-chefe da Acqua Vero.

    Em coletiva, Powell reforçou que as decisões do Banco Central irão continuar se ajustando à atividade econômica. “Quase todos os participantes do Comitê esperam que seja apropriado aumentar um pouco mais as taxas de juros até o fim do ano”, disse o chairman.

    Em contraponto, o Inter acredita que não haverá novas altas nas próximas reuniões. “Se a decisão de hoje foi pausar [o ciclo de aumento] não há motivo razoável para essa decisão ser diferente na reunião de julho”, avalia o banco.

    Já para Marco Caruso, economista-chefe do Banco Original, existe um consenso forte dentro do Fed de que o ciclo de alta da taxa de juros será retomado ainda este ano.

    “Dos 18 diretores da instituição e do corpo técnico que projetam os números, nove têm duas altas esperadas para o restante do ano, e três deles esperam mais que duas altas”, afirma.

    Além disso, Caruso comenta que, se essas altas se confirmarem, a taxa de juros pode atingir um patamar de 5,6%, número muito maior do que os economistas e investidores esperavam.

    Em relação ao Brasil, o mestre em ciências sociais pela UNESP e CEO do GRI Club, Gustavo Favaron, pondera que movimento da taxa de juros americana não deve impactar a forma que a Selic se comporta, uma vez que os indicadores que guiam a decisão de queda da taxa básica de juros independem das decisões do Fed.

    “Obviamente que existem correlações entre o movimento do mercado de capitais e o mercado de juros americano com o Brasil, mas isso não deve impactar a trajetória da Selic”, avalia o especialista.

    Em coletiva após o anúncio da taxa de juros, nesta quarta-feira (14), o presidente do Banco Central americano, Jerome Powell, reiterou o compromisso em levar a inflação à meta de 2% e a afirmou que o objetivo é manter a empregabilidade alta no país com preços sob controle.

    Publicado por Amanda Sampaio.

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