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    Sam Altman, da OpenAI, é eleito CEO do ano pela Time

    Reconhecimento ocorre após executivo passar por reviravolta que o tirou e o recolocou no comando da OpenAI

    Sam Altman, CEO e cofundador da OpenAI
    Sam Altman, CEO e cofundador da OpenAI 16/11/2023 - REUTERS/Carlos Barria

    Amanda SampaioJoão Nakamurada CNN

    São Paulo

    Sam Altman, CEO e cofundador da OpenAI — empresa responsável pelo ChatGPT —, foi eleito o CEO do ano de 2023 pela revista Time. O nome foi anunciado nesta quarta-feira (6).

    O reconhecimento ocorre após o executivo passar por uma reviravolta que o tirou e o recolocou no comando da companhia de tecnologia.

    Altman era um dos finalistas para o título de “pessoa do ano”. A revista elegeu Taylor Swift como personalidade que mais impactou em 2023.

    Disputa na OpenAI

    Em 17 de novembro, Altman chegou a ser destituído do cargo na OpenAI após uma investigação interna acusar que ele nem sempre foi sincero com a diretoria.

    Sem maiores explicações além dessa, a demissão evidenciou divisões internas na empresa e mostrou o apoio que estava ao lado de Altman.

    A decisão incomodou centenas de funcionários da empresa, que enviaram uma carta pedindo que os conselheiros renunciassem. Caso contrário, o grupo ameaçou pedir demissão.

    Três dias depois, a Microsoft anunciou que Altman estava se juntando à companhia para integrar a divisão de inovação em inteligência artificial da big tech.

    Logo após o anúncio, o CEO da Microsoft, Satya Nadella, disse que o retorno de Altman a empresa que havia fundado ainda era uma possibilidade real.

    Na publicação do anúncio, a Time destaca uma fala do ex-CEO do Google, Eric Schmidt: “Não se demite um Steve Jobs”.

    Em 22 de novembro, cinco dias após o início da novela, Sam Altman concordou em voltar a liderar a OpenAI e os membros do conselho que haviam o destituído acabaram perdendo seus postos na empresa.

    Quem saiu por cima

    A reviravolta na OpenAI aconteceu próxima do aniversário de um ano do ChatGPT. O período de 12 meses voltou a atenção das pessoas à tecnologia de IA generativa.

    Junto da atenção, surgiram temores e debates sobre regulamentação, que chegaram a ser defendidos por Altman.

    A divisão do conselho que culminou na crise da OpenAI girou em torno desse debate, com o CEO defendendo uma postura mais acelerada frente ao desenvolvimento da tecnologia, enquanto os opositores do conselho temiam riscos a longo prazo, potencialmente existenciais, da IA.

    Com o apoio que Altman recebeu tanto interno quanto externo, sua visão sobre a tecnologia acabou saindo por cima na disputa, junto de seus aliados, como a Microsoft, que ganharam espaço dentro da desenvolvedora do ChatGPT.

    “Nós realmente nos sentimos mais fortes, mais unidos e mais focados do que nunca”, disse Altman em entrevista à Time, após seu segundo dia oficial de volta como CEO.

    Veja também: Criador do ChatGpt volta ao cargo de CEO da empresa