Rumo deve pagar R$ 1,5 bi por renovação da Malha Paulista, e governo quer investir dinheiro em ferrovias
Ministro dos Transportes indicou que os termos foram submetidos ao TCU
O governo federal e a Rumo, do grupo Cosan, fecharam acordo para a empresa pagar adicional de R$ 1,5 bilhão pela renovação da Malha Paulista. O ministro dos Transportes, Renan Filho, disse que o desejo da gestão é investir as cifras diretamente em ferrovias.
Em evento na B3, Renan Filho indicou que os termos foram submetidos ao Tribunal de Contas da União (TCU). Se a Corte autorizar, o acordo será assinado.
O ministro afirmou que o governo vai divulgar em breve seu pipeline de projetos para ferrovias, e destacou que as ações precisam de fontes robustas de recursos para execução.
Segundo dados expostos por Renan Filho, em 2022 o governo investiu cerca de R$ 300 milhões em ferrovias — valor considerado baixo, visto as cifras necessárias para alavancar este tipo de empreendimento.
O ministro destacou que o investimento de R$ 1,5 bilhão no Plano de Ferrovias seria representativo, mas que a pasta ainda divulgará as obras prioritárias.
“O presidente Lula pretende aplicar aquilo que vem de ferrovias em ferrovias”, apontou.
“Como escalonar isso com as questões legais, com as necessidades fiscais do país, isso é outra questão técnica que precisa ser discutida caso venha o recurso. Mas a gente acredita que há soluções para fazer o investimento”, disse.
O contrato de renovação da concessão da Malha Paulista para a Rumo foi assinado em 2020, por mais 30 anos, com previsão de R$ 6 bilhões de investimentos em obras, trilhos, vagões e locomotivas ao longo da concessão.
A outorga à União seria de R$ 2,9 bilhões.
A Rumo e o governo tentavam repactuar o contrato.
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*Publicado por Danilo Moliterno.
