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    Reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste atingem maior nível desde 2013

    Cenário positivo é reflexo das chuvas que caíram no Brasil nos últimos meses

    Iuri Corsinida CNN , no Rio de Janeiro

    As chuvas que caíram nos últimos meses no país já mudaram o cenário hídrico brasileiro. Como consequência, os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste atingiram o maior nível desde junho de 2013. Atualmente, o nível de armazenamento está em 62,78%.

    Em junho daquele ano era de 63,8%. Os reservatórios deste subsistema são responsáveis por 70% da geração hídrica do país.

    A nível de comparação, no segundo semestre de 2021, os reservatórios das Usinas Hidrelétricas do Sudeste e do Centro-Oeste operavam com apenas 22,7% de sua capacidade de armazenamento.

    E não é só no Sudeste e Centro-Oeste que a situação hídrica está favorável. Os reservatórios do Nordeste estão com níveis de armazenamento em 93,09% e os do Norte com 97,86%.

    Apenas os reservatórios do Sul registram níveis ainda mais baixos, com 42,40% de volume útil. Os dados são do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

    Com os bons níveis dos reservatórios, a tendência é de que, mesmo com o início do período mais seco, que vai de abril a novembro, haja uma redução do uso das termelétricas e um aumento da geração das hidrelétricas.

    Segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), divulgados na última semana, a geração de hidrelétricas cresceu 6,1% no mês de fevereiro, em comparação com o mesmo período do ano passado. Isso fez com que houvesse um recuo de 35% na utilização das termelétricas no comparativo anual.

    Para o professor de Planejamento Energético da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Maurício Tolmasquim, os números são muito positivos e mostram que a crise hídrica do ano passado está sendo superada.

    O ex-presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) explica que se a hidrologia se mantiver positiva, com a redução do uso das termelétricas, que encarecem os custos de geração e produção, há boas possibilidades de o governo federal rever a bandeira tarifária de escassez hídrica.

    Atualmente, o valor da tarifa cobrada na conta de luz é de R$ 14,20 a cada 100 kWh (quilowatts /hora).

    Apesar dos cenários positivos, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manteve a taxa extra, em anúncio feito na última sexta-feira (25).

    A previsão é de que a atual bandeira tarifária fique em vigor até o final de abril, apesar de especialistas já enxergarem um cenário favorável para a redução da conta de luz paga pelos consumidores.

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