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    Receita Federal e estados iniciam estudos sobre operação do IVA e do “cashback”

    Municípios também vão ser convidados para compor esse grupo de trabalho; informações foram confirmadas pelo Ministério da Fazenda à CNN

    Secretário extraordinário da reforma tributária, Bernad Appy, ao lado do presidente do Comsefaz, Carlos Xavier
    Secretário extraordinário da reforma tributária, Bernad Appy, ao lado do presidente do Comsefaz, Carlos Xavier Foto: MF

    Danilo Moliternoda CNN

    São Paulo

    A Receita Federal e os estados já começaram a estudar detalhes operacionais para a implementação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) e de seu mecanismo para “cashback” que serão implementados caso a reforma tributária seja aprovada.

    O chamado “Grupo de Trabalho Operacional” iniciou suas atividades no último dia 11. A reunião inicial contou com a participação de membros da Receita Federal, do Encontro Nacional de Coordenadores e Administradores Tributários Estaduais (Encat) e da Secretaria Extraordinária da Reforma Tributária.

    O Encat representa o Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados e DF (Comsefaz). Os municípios também vão ser convidados para compor esse grupo de trabalho.

    As informações foram confirmadas pelo próprio ministério da Fazenda, Fernando Haddad, à CNN.

    O grupo se debruça sobre, entre outros elementos, documentos fiscais e obrigações acessórias do modelo a ser implementado. Outro dos objetos de estudo é o “cashback”, que possibilitaria devolver imposto que incide sobre a compra de alimentos e produtos da cesta básica para a população.

    O secretário extraordinário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, afirma que a proposta está em construção com a prioridade de favorecer as famílias de baixa renda, como as incluídas em programas sociais.

    “A ideia do cashback é um sistema de devolução do imposto para os consumidores. Qualquer que seja o desenho do cashback, irá favorecer [mais] as famílias de menor renda do que as famílias de maior renda”, disse.

    Operação do IVA

    Bernard Appy disse, em evento no último dia 8, que, caso a reforma tributária seja aprovada com IVA dual, o Brasil pode ter um imposto de valor único federal até 2025 e subnacional até 2027. As definições para questões operacionais são cruciais para essas previsões.

    “Em um cenário realista, se aprovar a emenda constitucional [da reforma tributária] neste ano, seria aprovar a lei complementar até meados do ano que vem, um ano depois haveria a mudança do PIS/Cofins [em meados de 2025], seja para os termos da PEC 45 ou para os da PEC 110”, disse.

    “No caso dos estados e municípios, o prazo é mais longo. O começo da transição é mais longo por questão de montagem de estrutura de gestão compartilhada e porque você vai usar a própria experiência do PIS/Cofins na arrecadação, como se fosse período de teste para a transição do subnacional”, completou.

    O IVA dual propõe a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) – que substituiria os impostos federais (PIS e Cofins) – e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) – que abarca os tributos de estados e municípios (ICMS e ISS).