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    Preços do petróleo seguem em alta com tensões no Oriente Médio

    Preço do barril chegou a ultrapassar US$ 91 nesta segunda-feira (16)

    Temor com escalada do conflito faz preços flutuarem
    Temor com escalada do conflito faz preços flutuarem REUTERS/Alexander Manzyuk

    Laura Heda CNN

    Hong Kong

    Os preços do petróleo subiram acima dos US$ 91 (R$ 462,44) por barril na segunda-feira (16), à medida que os esforços diplomáticos para resolver a crise no Oriente Médio se intensificam, mas caíram no final do dia, ficando perto do nível de sexta-feira (13).

    Os investidores estão preocupados com o fato de a guerra entre Israel e o grupo radical islâmico Hamas poder desencadear um conflito mais amplo na região rica em petróleo e restringir ainda mais o fornecimento global do recurso.

    Os futuros do petróleo Brent, referência global do petróleo, subiram para US$ 91,20 (R$ 463,46) o barril durante os negócios de segunda-feira na Ásia, um pouco acima do preço de fechamento de sexta-feira de US$ 90,89 (R$ 461,88).

    O último fechamento do petróleo foi a US$ 90,77 (R$ 461,27) por barril.

    O West Texas Intermediate, referência dos Estados Unidos, subiu brevemente para US$ 87,98 (R$ 447,10), em comparação com o preço de fechamento de sexta-feira de US$ 87,68 (R$ 445,57). Foi a última negociação nesse preço de fechamento.

    Ambos os futuros subiram na sexta-feira, após o início das incursões terrestres pelas forças israelenses na Faixa de Gaza.

    Em declarações à CBS no domingo (15), o Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, disse que, embora não haja novas informações de que o nível de ameaça do Irã tenha mudado, “há o risco de uma escalada deste conflito”.

    Os analistas da ANZ Research esperam que os preços do petróleo atinjam os US$ 100 (R$ 508) por barril no curto prazo devido ao risco crescente de uma escalada regional.

    Nem Israel nem o Hamas são fornecedores de petróleo significativos, mas o risco para os mercados petrolíferos aumentará se “o conflito se alargar”, escreveram na sexta-feira os analistas.

    Se [o Irã] se envolver, até 20 milhões de barris de petróleo por dia poderão estar em risco de interrupção direta ou por conta da obstrução de logística”, acrescentaram.

    O “risco do Oriente Médio” está dominando o cenário dos preços globais de ativos, disse Stephen Innes, sócio-gerente da SPI Asset Management.

    “O conflito em curso poderá pesar ainda mais sobre o fornecimento global ao longo do tempo, reduzindo a probabilidade de normalização saudita-israelense e colocando riscos negativos para a produção iraniana, levando a um novo aumento nos preços do petróleo”, disse Innes.

    Os preços globais do petróleo subiam desde o final de junho, à medida que os cortes na produção por parte da Arábia Saudita e da Rússia alimentaram preocupações sobre a redução da oferta global.

    As novas medidas dos EUA, reveladas na semana passada, destinadas a aumentar o custo das tentativas da Rússia de contornar um limite máximo para o preço do seu petróleo, também podem ter impulsionado os preços do petróleo para cima.

    Nos mercados cambiais, o shekel enfraqueceu na segunda-feira, sendo negociado em queda de 0,3%, a 3,988 por dólar americano. A moeda israelense caiu perto de 4% nos últimos 10 dias.

    O banco central de Israel disse na semana passada que planeava vender até US$ 30 bilhões (R$ 152,45 bilhões) em divisas para estabilizar o shekel depois de este ter caído acentuadamente após os ataques do Hamas.

    Veja também: Exportadores de petróleo discutem conflito em Israel

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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