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    Política fiscal é crucial para juros no Brasil, diz relatório do FMI

    Avaliação do FMI ocorre às vésperas de o governo enviar para o Congresso proposta de nova regra fiscal, em substituição ao atual modelo

    Reuters

    O Fundo Monetário Internacional (FMI) faz um alerta sobre a importância da condução da política fiscal para o rumo dos juros em países como o Brasil, em estudo publicado segunda-feira (10).

    A taxa Selic saltou de 2%, no início de 2021, para os atuais 13,75%. A avaliação do FMI ocorre às vésperas de o governo enviar para o Congresso proposta de nova regra fiscal, em substituição ao atual modelo de teto de gastos.

    “Maiores necessidades de financiamento fiscal elevaram as taxas reais em alguns países, como no Japão e no Brasil”, dizem Philip Barrett e Jean-Marc Natal, autores do estudo do Fundo.

    Outros fatores como o aumento da desigualdade ou a queda da participação do trabalho também contribuíram para a subida de juros no Brasil, na visão dos autores, mas em menor escala.

    Embora os economistas do FMI evitem comentar especificamente a proposta do novo arcabouço fiscal brasileiro, o estudo reforça o alerta para a influência da condução da política fiscal no comportamento dos juros no país.

    “No Brasil, é principalmente o grande aumento do consumo público, financiado pela tributação, que explica a contribuição positiva da política fiscal, ainda que o aumento da dívida pública também desempenhe o seu papel”, dizem.