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    Pix passa dinheiro e é mais usado para pagamentos que transferências, diz pesquisa

    Estudo feito pela McKinsey mostra que brasileiros estão usando o sistema digital para substituir, principalmente, as operações que eram feitas com dinheiro e cartão de débito

    Juliana Eliasda CNN , São Paulo

    A função principal do Pix, quando foi lançado em 2020 pelo Banco Central (BC), era ser um sistema de transferências gratuitas e instantâneas entre pessoas e negócios.

    Isso significa que ele seria o substituto natural e imediato das transferências bancárias, aquelas feitas por meio de TED e DOC, por exemplo.

    Em seu terceiro ano de vida, o Pix já se tornou um dos meios de pagamentos mais usados pelos brasileiros — ultrapassando, inclusive, o dinheiro.

    A modalidade acabou sendo utilizada pelas pessoas mais para substituir operações de pagamento, como as feitas em estabelecimentos com cartão e dinheiro, do que a das transferências propriamente ditas.

    Estas são algumas das conclusões de uma nova pesquisa sobre os meios de pagamentos no Brasil feita pela McKinsey.

    A consultoria entrevistou mais de 5 mil consumidores e também cerca de 30 bancos e instituições financeiras para chegar aos dados, que dizem respeito ao mercado em 2022.

    Mais Pix que dinheiro

    A pesquisa mostrou que, no ano passado, as transferências — grupo que inclui o Pix e também as transferências bancárias — responderam por 14% de todos os valores transacionados pelas pessoas.

    Isto deixou a modalidade em terceiro lugar entre os meios mais usados, atrás dos cartões de crédito (38%) e de débito (22%), ainda os preferidos dos brasileiros.

    Os pagamentos feitos em dinheiro aparecem depois, em quarto lugar, com uma fatia de 10% dos pagamentos.

    Substituto da carteira

    A pesquisa também mostrou que os principais usos que as pessoas estão fazendo do Pix é para substituir os pagamentos que, antes, costumavam fazer em dinheiro e em cartão de débito.

    Para 27% dos entrevistados, o Pix substituiu o dinheiro e, para 19%, passou a ser usado no lugar do cartão.

    As transferências propriamente ditas, em DOC e TED, vêm em terceiro lugar, com 18% dos entrevistados tendo dito que as trocaram pelo Pix.

    Boleto bancário (15%) e cartão de crédito (13%) são outros que aparecem entre as respostas de serviços que estão sendo substituídos pelo sistema de pagamento instantâneo do BC.

    Cartão com anuidade grátis

    Outro comportamento captado pela pesquisa foi que a isenção de anuidade cresceu e se consolidou como o principal critério dos consumidores para escolherem o seu cartão de crédito.

    Para 43% dos entrevistados, a cobrança anual grátis é a principal razão por ter escolhido o cartão de crédito que usa.

    É um número bem maior do que o da edição anterior: em 2021, esse era o critério para 29% das pessoas.

    Limite de crédito maior (16%) e benefícios, como milhas e cashback (11%), ficaram para trás e aparecem na sequência como os principais fatores para decidir qual cartão de crédito adquirir.

    Bancos digitais ganhando espaço

    Acompanhando esta mesma tendência, os números também mostram que os bancos digitais estão ganhando espaço no mercado de cartão de crédito.

    Em 2022, quase 90% dos entrevistados (88%) ainda afirmava que a sua única ou principal conta estava em um banco tradicional, enquanto os bancos digitais ficaram com os 12% restantes.

    A fatia de quem tem com os bancos digitais o seu principal cartão de crédito, porém, é bem maior: 37% das pessoas têm em um banco digital o principal cartão de crédito que usa, enquanto 63% usa o cartão do banco tradicional para isso.

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