Petrobras diz não ter recebido proposta para alterar política de preços
Ministro Alexandre Silveira afirmou em entrevista nesta quarta (5) que Preço por Paridade de Importação será reavaliado após a eleição do novo conselho da empresa
A Petrobras afirmou, por meio de comunicado emitido nesta quarta-feira (5), que “não recebeu nenhuma proposta do Ministério das Minas e Energia (MME) a respeito de alteração da política de preços”.
O ministro da pasta, Alexandre Silveira, disse em entrevista nesta quarta que o Preço de Paridade Internacional (PPI), referência da estatal para combustíveis, é “absurdo” e será reavaliado após a eleição do novo conselho de administração da Petrobras — que será realizada em 27 de abril.
No comunicado, a empresa disse que qualquer proposta do governo federal “será comunicada oportunamente ao mercado, e conduzida pelos mecanismos habituais de governança interna da companhia”.
Após as críticas de Silveira ao mecanismo, a empresa também se comprometeu em combinar “preços competitivos” com o combate de “volatilidades externas”.
“A Petrobras reafirma seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado nacional, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais”.
Prates diz que Petrobras não deve praticar PPI
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou no último dia 23 que a companhia não deve praticar o Preço de Paridade Internacional.
Prates também disse que, em sua gestão como presidente da estatal, não haverá o “dogma do PPI”, abrindo espaço para a negociação de preços que levem em consideração o cenário econômico nacional.
“A gente tem que acabar com o dogma em que você tem que praticar o preço do seu concorrente. Se o seu concorrente é o importador, ele pratica preço de importador. Eu pratico o preço de quem faz petróleo e diesel aqui”, afirmou.