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    Para maioria das empresas, risco cibernético preocupa mais do que a pandemia

    A avaliação é de que a Covid-19 acentuou a percepção do risco cibernético, dadas as oportunidades de invasão abertas pela onda de digitalização das empresas

    Eduardo Laguna, , do Estadão Conteúdo

    Os ataques cibernéticos são percebidos como o maior risco pelas empresas brasileiras, levantando preocupação maior até mesmo do que a pandemia em si – embora a maior percepção de ameaça no mundo virtual seja uma decorrência dela. Esse quadro foi retratado por uma pesquisa global feita pela Allianz Global Corporate & Specialty, um braço de seguros corporativos do grupo Allianz e que no Brasil entrevistou 59 executivos.

    Para 47% deles, as ameaças cibernéticas são a principal preocupação atualmente, seguidas de perto pelo risco de interrupção de negócios, apontado por 46% dos entrevistados. Outros 29% veem a pandemia como maior risco deste ano. Os dois principais riscos citados têm relação, no entanto, com os impactos da crise sanitária.

    A avaliação é de que a Covid-19 acentuou a percepção do risco cibernético, dadas as oportunidades de invasão abertas pela onda de digitalização das empresas, o que inclui um número maior de funcionários trabalhando remotamente em home office. A lei geral de proteção de dados também fez as empresas se preocuparem mais com a questão cibernética.

    Conforme o estudo da Allianz, que cita dados da Fortinet Threat Intelligence Insider Latin America, o Brasil foi alvo de mais de 3,4 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos entre janeiro e setembro do ano passado.

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