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    Número de voos cresce 40% em um ano no Brasil, diz Anac

    Somando os mercados doméstico e internacional, foram transportados 98 milhões de passageiros em 2022

    Adriana De LucaGuilherme Gamada CNN , São Paulo

    O anuário do transporte aéreo de 2022, divulgado nesta terça-feira (8) pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), mostrou que no ano passado foram realizados cerca de 830 mil voos no país, representando um aumento de 39% em relação a 2021.

    Somando os mercados doméstico e internacional, foram transportados 98 milhões de passageiros em 2022.

    De acordo com a Anac, os indicadores mostram uma forte recuperação no setor depois dos impactos provocados pela pandemia.

    Na aviação executiva, os números também são positivos. O setor, que teve um “boom” durante a paralisação de voos comerciais, continua acumulando saldo positivo. Em especial no volume de vendas.

    De acordo com um levantamento feito pela empresa Líder Aviação, no 1º semestre de 2023, o volume de transações de aeronaves novas no mercado brasileiro foi 45% maior, em comparação ao 1º semestre de 2019.

    Já o volume de transações de aeronaves seminovas foi 120% maior, em relação ao mesmo período.

    “A gente já tem atingido os números anteriores à pandemia e a expectativa é de crescimento. Isso serve para todos os segmentos da aviação executiva. A gente teve um aumento de 36% no número de horas voadas se comparado ao ano passado e no caso da venda de aeronaves a gente viu que o mercado está reaquecido”, afirma Bruna Assumpção, diretora superintendente da Líder Aviação.

    O Brasil tem a segunda maior frota de aeronaves da aviação geral do mundo — e ocupa a mesma posição quando se trata dos jatos executivos —, atrás apenas dos Estados Unidos, de acordo com Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag).

    O país conta com uma frota de 9.696 aeronaves, em maio deste ano, que incluem turboélices, jatos e helicópteros. Esse é um crescimento de 2,5% em relação ao ano passado, de acordo com dados da Anac.

    Já a frota de jatos executivos cresceu 7,4%, alcançando 811 unidades do veículo em maio deste ano, o que representa 8% de toda a frota brasileira.

    O número de helicópteros a turbina aumentou 6,4% e a frota de aeronaves turboélice teve um crescimento de 12,6%.

    Labace

    Em meio ao aquecimento no setor de aviação executiva acontece, no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, Latin America Business Aviation Conference & Exhibition (Labace).

    O evento, que está em sua 18ª edição, é o principal da aviação geral e executiva da América Latina, e reúne fabricantes e fornecedores do mundo inteiro.

    A feira que vai até esta quinta-feira (10) conta com mais de dois mil expositores e mais de 700 aeronaves, entre helicópteros e jatos executivos que podem custar até US$ 67 milhões (R$ 328,3 milhões), que é o caso do Falcon 8X, da empresa francesa Dassault Falcon Jet, uma das maiores do mercado internacional de aviação executiva.

    O vice-presidente de vendas da América Latina da empresa, Rodrigo Pesoa, afirma que o jato tem autonomia para fazer um voo de São Paulo para Londres, em 11 horas.

    “É o tipo de aeronave que atrai o empresário que precisa se locomover de forma mais rápida. O mercado de aviação de negócios está aquecido no Brasil”, afirma Rodrigo.

    O setor está otimista que esse aquecimento perpetue.

    A empresa de comércio exterior Timbro afirma que teve o melhor semestre no segmento de aviação desde a fundação da empresa, há 13 anos.

    Foi um crescimento de 80% no faturamento e de 55% em volume na operação de importação de aeronaves, na comparação com o mesmo período de 2022. E a empresa projeta fechar 2023 com o dobro do faturamento.

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