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    Campos Neto defende persistência na meta de déficit zero em 2024

    Durante evento, presidente do Banco Central reconheceu que taxa de juros real no Brasil é alta, embora esteja caindo

    O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reconheceu nesta terça-feira (19) que a taxa de juros real (descontada a inflação) no Brasil é alta, embora esteja caindo, e defendeu que o governo Lula siga em busca da meta de resultado primário zero em 2024.

    Durante evento do jornal Correio Braziliense, em Brasília, Campos Neto afirmou que a questão fiscal segue como uma das principais preocupações no mercado brasileiro.

    Ele não abordou o fato de a agência de classificação de risco S&P ter elevado, durante a tarde, a nota de crédito de longo prazo do Brasil para “BB”, ante “BB-“, citando a aprovação da reforma tributária — um dos projetos, na visão do governo, que podem impactar positivamente a área fiscal.

    “Importante é perseverar (na meta fiscal). É uma luta permanente”, disse Campos Neto, pontuando que a necessidade de arrecadações extras por parte do governo é o que tem colocado em dúvida o cumprimento da meta. “Arrecadação é o que causa um pouco mais do nervosismo”, acrescentou.

    Em sua apresentação, porém, Campos Neto repetiu que não há uma relação “mecânica” entre a área fiscal e as decisões do BC sobre a taxa básica Selic, e nem entre o cenário externo e a política monetária.

    Ao abordar o cenário externo, Campos Neto destacou as declarações recentes do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, interpretadas pelo mercado global como indicações de que a instituição poderá iniciar o processo de cortes de juros já em março de 2024.

    “Eles (membros do Fed) voltaram esta semana para tentar amenizar o discurso”, acrescentou Campos Neto, em referência a declarações nos últimos dias de dirigentes do Fed que buscaram esfriar a euforia do mercado em torno da possibilidade de início do ciclo de baixa de juros em março.

    Campos Neto também citou a alta recente nos mercados globais de ações, destacando o avanço do índice S&P na bolsa de Nova York. Segundo ele, o Brasil ainda está “bem atrasado” neste aspecto.

    O comentário de Campos Neto surge em um dia em que o Ibovespa renovou máximas históricas e se aproximou dos 132 mil pontos.

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    Publicado por Amanda Sampaio, da CNN.

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