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    Avião que perdeu porta na decolagem engorda lista de problemas da Boeing; veja histórico

    Nos últimos anos, gigante da aviação enfrentou incidentes que resultaram em tragédias, suspensão de operações e preocupações contínuas com a segurança

    Aeronaves Boeing 737 MAX em Seattle, nos EUA
    Aeronaves Boeing 737 MAX em Seattle, nos EUA 01/07/2019REUTERS/Lindsey Wasson

    Eva RothenbergDavid Goldmanda CNN

    Nova York

    A Boeing enfrenta escrutínio sobre a segurança de suas aeronaves depois que um voo da Alaska Airlines foi forçado a fazer um pouso de emergência na sexta-feira (5), quando um painel e uma janela estouraram em pleno voo.

    Embora não esteja claro quem ou o que foi responsável pelo incidente, problemas de engenharia e qualidade têm atormentado a Boeing nos últimos anos.

    A fabricante de aeronaves viu uma série de incidentes que resultaram em tragédias, suspensão de operações e preocupações contínuas com a segurança.

    Talvez o incidente mais notável seja o de que, em 2019, todos os aviões 737 Max ficaram parados em dezenas de países após a queda de dois dos seus jacos — um na Etiópia e outro perto da Indonésia — que matou todas as 346 pessoas a bordo.

    Foi determinado que uma falha de projeto no avião foi uma das principais causas dos acidentes.

    A suspensão do uso das aeronaves nos EUA durou 20 meses, com os aviões começando a voltar ao serviço em dezembro de 2020. Outros países, incluindo a China, mantiveram os aviões no solo por ainda mais tempo.

    A suspensão do Max foi uma das tragédias corporativas mais caras da história, custando à empresa mais de US$ 20 bilhões (cerca de R$ 100 bilhões).

    E os custos são contínuos. A Boeing enfrentou enormes perdas operacionais nos últimos trimestres enquanto tenta entregar a enorme lista de pedidos de aviões 737 Max aos clientes e acumula custos excessivos em outros aviões, incluindo as aeronaves que substituirão os atuais jatos Air Force One — os aviões da presidência dos Estados Unidos.

    A Boeing encontrou uma série de outros problemas nos últimos anos e ainda em dezembro, quando a Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) instou as companhias aéreas a inspecionar todos os aviões 737 Max em suas frotas após a descoberta de parafusos faltantes nos sistemas de controle de leme de dois aviões.

    Em abril, a Boeing disse ter descoberto um problema de fabricação com algumas aeronaves 737 Max depois que um fornecedor utilizou um “processo de fabricação não padronizado” durante a instalação de dois acessórios na fuselagem traseira — embora a empresa insistisse que o problema não constituía um risco à segurança.

    O Max também enfrentou vários avisos para inspeções adicionais desde que voltou ao serviço em 2020. A Boeing diz que isso é resultado de seu maior foco na segurança.

    E os problemas não se limitaram ao Max: a Boeing não registrou perdas operacionais em apenas um trimestre desde 2019

    A companhia foi forçada a interromper as entregas do seu jato 787 Dreamliner devido a problemas de controle de qualidade. Embora as operações do Dreamliner não tenham sido suspensas como o Max, ainda prejudicou os resultados financeiros da empresa.

    Além disso, a Boeing acumulou custos excessivos em outros aviões, incluindo perdas de mais de 2 bilhões de dólares nas duas aeronaves que estão em processo de produção para substituir os atuais jatos Air Force One.

    Essa matéria foi originalmente publicada na CNN International

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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