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    No G7, Lula volta a defender que Brics tenham moeda comum semelhante ao euro

    Fala do presidente da República ocorre após encerrar sua participação no G7, em Hiroshima

    Presidente Lula em coletiva de imprensa após finalização do encontro do G7 no Japão
    Presidente Lula em coletiva de imprensa após finalização do encontro do G7 no Japão Reprodução/TV Brasil

    Eduardo Gayer, enviado especial, do Estadão Conteúdo

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender a criação de uma moeda comum entre os países do Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – no mesmo molde do euro, como forma de reduzir a dependência do dólar em trocas comerciais.

    “Eu sonho com a construção de várias moedas entre outros países que façam comércio, que os BRICs tenham uma moeda. Como o euro”, disse o petista em Hiroshima, após encerrar sua participação no G7.

    O euro, porém, é uma moeda única utilizada entre países europeus, enquanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, costuma defender uma moeda comum exclusiva para transações comerciais, em uma espécie de câmara de compensação para substituir o dólar.

    “Não é possível depender do dólar para fazer comércio exterior […]. Haveremos de discutir a moeda dos Brics em algum momento”, declarou o presidente em entrevista coletiva em Hiroshima, no encerramento de sua viagem oficial ao Japão para participar do G7.

    Lula voltou a defender um socorro à Argentina, parceiro comercial que é destino de exportações brasileiras e enfrenta uma grave crise econômica sob o governo do esquerdista Alberto Fernández.

    No G7, Lula se reuniu com a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, e pediu alívio das pressões sobre as dívidas argentinas.

    “Eu conversei com a diretora do FMI sobre a situação da Argentina e pedi que ela tivesse compreensão porque, depois da pandemia, a Argentina enfrentou uma seca. Vamos dar um tempo para a Argentina se recuperar”, relatou Lula. “As nossas empresas precisam continuar vendendo para a Argentina”, acrescentou.

    A criação de uma moeda comum para diminuir a dependência do dólar também é negociada entre Brasil e Argentina. “Eu quero uma economia, para que cada um negocie com quem quiser”, declarou o presidente.