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    Vale anuncia adoção antecipada de novo padrão de relatório financeiro

    Padrão ISSB, sobre informações relacionadas à sustentabilidade e clima, será obrigatório no Brasil a partir de janeiro 2027

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    Logo da Vale 30/01/2019REUTERS/Denis Balibouse

    Aline Scherercolaboração para a CNN

    A mineradora Vale comunicou que vai adotar o padrão do Conselho Internacional de Padrões de Sustentabilidade (ISSB, na sigla em inglês) para a elaboração e divulgação de relatórios financeiros, com as normas IFRS S1 e S2, relacionados à sustentabilidade e ao clima.

    A iniciativa segue a Resolução 193/23 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que torna obrigatório o novo padrão para companhias abertas na B3, a partir de janeiro de 2027, e sugere a adoção voluntária antecipadamente.

    O vice-presidente executivo de finanças e relações com investidores da Vale, Gustavo Duarte Pimenta, disse em comunicado aos investidores que a empresa espera apresentar seu primeiro relatório em novo padrão internacional, em 2025, referente às atividades de 2024.

    “A adoção antecipada do ISSB é um passo importante para garantir ainda mais transparência quanto à atuação da Companhia frente a investidores e sociedade”, escreveu o executivo.

    A formação do ISSB foi anunciada em 2021 durante a COP 26 em Glasgow, na Escócia, pela IFRS Foundation. A organização sem fins lucrativos existe desde 2001 e criou a padronização de relatórios financeiros mais utilizada no mundo, a IFRS Accounting Standards, exigida por mais de 140 jurisdições.

    Trata-se de uma linguagem global de contabilidade para demonstrar a saúde financeira de uma empresa, possibilitando a comparação dos números da sua própria evolução ao longo do tempo e a comparação com outras empresas. O documento é essencial para investidores avaliarem riscos e oportunidades.

    Publicadas em junho de 2023, as duas novas normas são a IFRS S1, para informações relacionadas à sustentabilidade, e a IFRS S2, de divulgações relacionadas ao clima – o que inclui a necessidade de divulgar o risco das empresas enfrentarem eventos climáticos extremos em curto, médio e longo prazo.

    As informações requisitadas são baseadas em quatro pilares: governança, estratégia, gestão de riscos, métricas e metas.

    De acordo com a IFRS Foundation, mais de 20 jurisdições até o momento, que juntas representam mais da metade do PIB Global e das emissões de gases de efeito estufa, informaram que estão aderindo às normas. O Brasil foi o primeiro país a aderir.

    A Vale segue padrões de sustentabilidade na divulgação de informações financeiras desde 2021, referente às atividades de 2020, no padrão de Relato Integrado, conforme anunciou a empresa.

    De acordo com Gustavo Pimenta, o processo de adoção do ISSB está sendo conduzido pela administração da Companhia, com a supervisão do Conselho de Administração, por meio do Comitê de Auditoria e Riscos e do Comitê de Sustentabilidade.

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